Relatório publicado pela Missão de Monitorização dos Direitos Humanos na Ucrânia registra aumento de ataques russos entre março e maio
Da Redação, com Vatican News
Segundo a Missão de Monitorização dos Direitos Humanos das Nações Unidas na Ucrânia (HRMMU), o mês de maio registrou o maior número de vítimas civis “em quase um ano”. Este aumento revela a intensificação dos ataques russos entre março e maio deste ano.
“Os combates da primavera tiveram um impacto terrível sobre os civis, especialmente na região e na cidade de Kharkiv”, afirmou a chefe do HRMMU, Danielle Bell. “Os ataques incessantes resultaram em trágicas perdas de vidas, deslocamentos e destruição de casas e empresas”, acrescentou.
O relatório traça a situação entre 1° de março e 31 de maio e destaca as dificuldades enfrentadas pela população. A missão da ONU destacou entre as principais causas desta situação o uso de bombas e mísseis lançados do ar sobre áreas povoadas e os casos de ataques sucessivos à mesma localidade em um curto espaço de tempo, provocando vítimas também entre aqueles que foram prestar socorro às vítimas do ataque precedente.
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Além disso, durante este período, o exército russo lançou a maior campanha de ataques contra infraestruturas críticas na Ucrânia desde o inverno de 2022 e 2023.
Presidente da UE pede cessar-fogo
Nesta quarta-feira, 3, o primeiro-ministro da Hungria e presidente da União Europeia, Viktor Orban, visitou Kiev. Ele propôs um cessar-fogo imediato para ajudar a acabar com a guerra com a Rússia. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, respondeu que “só pode haver uma paz justa”.
O chefe do gabinete do presidente ucraniano, enfatizou que o país não está preparado para selar pactos com a Rússia, renunciando a qualquer um dos seus territórios para pôr fim à guerra. Kiev ouvirá qualquer conselho sobre como alcançar uma “paz justa”, afirmou, “mas não estamos prontos para comprometer coisas e valores muito importantes como independência, liberdade, democracia, integridade territorial e soberania”.