Essa é a terceira vez que Maduro convoca o Conselho durante seu governo, sendo que a última vez foi no dia 31 de março
Ansa
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ativou na noite desta terça-feira, 18, o Conselho de Defesa da Nação como uma resposta às ameaças de sanções feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em um documento divulgado na última segunda-feira, 17, após o plebiscito informal da oposição sobre a convocação da Assembleia Constituinte, o republicano disse que Maduro deveria parar com a ideia de mudar a Constituição e ameaçou com sanções. Além disso, Trump chamou o venezuelano de “péssimo líder que sonha em se tornar um ditador”.
“Decidi ativar o Conselho de Defesa da Nação de acordo com o [artigo] 323 da Constituição, para responder integralmente a ameaça imperial”, informou o mandatário. Maduro ainda afirmou que a resposta de seu governo “será muito firme, em defesa do patrimônio histórico anticolonial e anti-imperialista de nossa pátria”.
Em um “recado” também para os governos do Brasil e da Colômbia, o presidente destacou ainda que “em nossa pátria, ninguém dá ordens e nem a governa nenhum país estrangeiro” porque “aqui mandam os venezuelanos”.
“Nem Trump. Nem [Juan Manuel] Santos. Nem [Michel] Temer. Aqui manda o povo venezuelano”, disse ainda.
Essa é a terceira vez que Maduro convoca o Conselho durante seu governo, sendo que a última vez foi no dia 31 de março para resolver o “impasse” entre o poder judicial e a Procuradoria Geral. Daquela vez, a decisão do grupo acabou tirando os poderes da Assembleia Nacional, que é dominada pela oposição, causando ainda mais tensão política e uma série de protestos na Venezuela.
O Conselho é o órgão máximo de consulta para o planejamento e o assessoramento do Poder Público em assuntos relacionados com a defesa integral do país, sua soberania e a integridade de seu espaço físico. Ele é presidido pelo Chefe de Estado.