Dom Fisichella explicou que para Francisco a misericórdia não é uma palavra mas, um gesto concreto
Da Redação, com Rádio Vaticano
“O Jubileu não é como a Expo, cujo sucesso é calculado pelo número de presentes. É um evento espiritual para a renovação de toda a Igreja”.
A afirmação é do Arcebispo Rino Fisichella, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, órgão do Vaticano responsável pela organização das iniciativas que acontecerão durante o Ano Santo da Misericórdia.
“Este é o objetivo do Jubileu: a conversão das pessoas a partir dos homens de Igreja”, disse o arcebispo durante a apresentação do livro “O Jubileu do Papa Francisco”, do jornalista Antonio Preziosi, editado pela Newton Compton.
O arcebispo explicou que em cada diocese do mundo será aberta a Porta da Misericórdia, como fez o Papa em Bangui. “Aquela cidade martirizada foi, naquele momento, a capital espiritual do mundo. Uma indicação claríssima: para entendê-la basta a imagem de Francisco que empurra os umbrais da Porta Santa em Bangui, a capital de um país dilacerado pela guerra. Uma imagem que fala por si só”.
O tema da misericórdia é a base que rege todo o magistério do Papa Francisco, disse Dom Fisichella. “Para ele [Francisco] a misericórdia não é uma palavra, é um gesto concreto”.
Para tanto, durante o Jubileu, em uma sexta-feira de cada mês, o Papa fará sinais que repassam as obras de misericórdia. “O primeiro gesto será a abertura da Porta da Caridade no albergue Luidi di Liegro, em uma sexta-feira do mês de dezembro”.
O arcebispo explicou que a Igreja vive uma “dinâmica impressionante”. Muitos bispos dedicaram suas cartas apostólicas ao Jubileu; a Porta Santa em Istambul, na Catedral do Espírito Santo, mesmo com poucos cristãos, também será aberta.
“Mesmo onde existem 150 ou 200 fieis em todo o país será celebrado o Jubileu”. Isto porque “a Igreja é universal, como diz o próprio nome ‘católica’. Uma Igreja com as portas abertas, que as escancara não somente para que se possa entrar, mas também para que se possa sair e evangelizar e levar o anúncio do Evangelho ao mundo de hoje”.
Abertura da Porta Santa em Roma
Para a abertura da Porta Santa na manhã de 8 de dezembro são esperadas entre 40 e 50 mil pessoas na Praça São Pedro. O arcebispo disse que não se angustia pelos números e que será criado um caminho exclusivo para os fieis, que em procissão, chegarão a Praça São Pedro a partir do Castelo Santo Ângelo.
“Não pedimos para calçar para não mexer muito com a vida da cidade. Antes pelo contrário, ofereceremos um testemunho aos automobilistas que pode provocar, ou seja, o das pessoas que atravessam o coração da cidade para rezar”, concluiu Dom Rino Fisichella.