Este ano, o jubileu acontece no âmbito do Ano da Misericórdia; Mais de cinco mil migrantes passarão pela Porta Santa no dia
Da redação, com Rádio Vaticano
No dia 17 de janeiro celebra-se o 102º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, e na ocasião acontecerá o Jubileu dos Migrantes.
No Vaticano, o Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e Itinerantes, Cardeal Antonio Maria Veglió, celebrará Missa e consagrará as hóstias preparadas especialmente pelos detentos do cárcere de máxima segurança de Opera, em Milão.
O tema escolhido pelo Papa este ano é “Os emigrantes e refugiados interpelam-nos. A resposta do Evangelho da misericórdia”. No espírito do Jubileu, conjugando acolhimento e misericórdia, mais de cinco mil migrantes participarão do Angelus com o Papa e depois, juntos, passarão pela Porta Santa e entrarão na Basílica, para a Celebração Eucarística.
A cruz de Lampedusa
Atribuindo um significado ainda mais profundo ao dia, chegará a São Pedro a Cruz de Lampedusa (um projeto da Fundação Casa do Espírito e das Artes), realizada com madeira de barcos utilizados pelos migrantes e abençoada pelo Papa Francisco em 9 de abril de 2014. Desde aquele dia, a cruz viaja pela Itália, levada por voluntários, unindo paróquias, mosteiros, cárceres e hospitais.
Para Monsenhor Gian Carlo Perego, Diretor da Fundação Migrantes, que promove a iniciativa, “sob o olhar e a proteção da Cruz de Lampedusa, os migrantes confiarão a Deus, rico de misericórdia, o caminho e os sofrimentos de muitos irmãos e irmãs refugiados em fuga de guerras e desastres ambientais”.
Durante a Missa, às 13h (hora local), o Cardeal Veglió deve consagrar as hóstias produzidas por três detentos, pessoas que cometeram homicídios, mas que seguiram um percurso de conscientização e redenção pessoal com a ajuda e o apoio de sacerdotes do cárcere.
A mensagem do Papa para a data foi redigida em 12 de setembro de 2015. O Dia Mundial do Migrante e do Refugiado é celebrado no segundo domingo depois da Epifania.