Durante o Ano Santo, serão 800 “missionários da misericórdia”, nomeados pelo Papa, com a faculdade de perdoar pecados reservados à Santa Sé
Da redação, com Agência Ecclesia
Vaticano revelou nesta sexta-feira, 4, que o Ano Santo da Misericórdia, com início marcado para terça-feira, 8, vai ter 800 “missionários da misericórdia”, padres nomeados pelo Papa, com a faculdade de perdoar pecados reservados à Santa Sé.
“Os missionários são sacerdotes oriundos das diversas partes do mundo e foram indicados pelos próprios bispos para assumir este serviço particular”, disse em conferência de imprensa Dom Rino Fisichella, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, organismo responsável pela organização dos eventos do Jubileu (8 de dezembro de 2015-20 de novembro de 2016).
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Estes missionários vão receber no início da Quaresma do próximo ano um “mandato”, por parte do Papa, para serem “pregadores da misericórdia e confessores cheios de misericórdia”, como sinal da “proximidade e do perdão de Deus para todos”.
Entre os chamados pecados “reservados”, que só podem ser perdoados pela Santa Sé (Penitenciaria Apostólica), estão a profanação da Eucaristia, a violação do sigilo sacramental (por parte de um sacerdote) ou a violência física contra o Papa, por exemplo.
Por outro lado, como já tinha sido anunciado, durante todo o Ano Santo extraordinário qualquer sacerdote vai poder absolver o pecado do aborto, uma faculdade atualmente concedida aos bispos, que a podem delegar a penitenciários de algumas basílicas e santuários.
Francisco incluiu entre as indicações para o Jubileu extraordinário da Misericórdia uma disposição particular para “as mulheres que recorreram ao aborto”, recordando que o perdão de Deus “não pode ser negado a quem quer que esteja arrependido”.
“Também por este motivo, não obstante qualquer disposição em contrário, decidi conceder a todos os sacerdotes para o Ano Jubilar a faculdade de absolver do pecado de aborto quantos o cometeram e, arrependidos de coração, pedirem que lhes seja perdoado”, determinou.
O Papa decidiu ainda que todos os católicos poderão se confessar de forma válida, durante o Jubileu, a sacerdotes da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, fundada por Dom Marcel Lefèbvre (1905-1991).