Neste sábado, 15, se reuniu a comissão de teólogos convocada pela Congreagção para as Causas dos Santos para estudar uma cura cientificamente inexplicável atribuída ao jornalista espanhol Manuel Lozano Garrido, conhecido como Lolo.
O resultado da votação foi de aprovação por unanimidade. Para as próximas semanas, espera-se a convocação da sessão ordinária dos cardeais e bispos que serão chamados a dar seu parecer.
Em 17 de dezembro de 2007, Bento XVI aprovou o decreto de reconhecimento da vida e das virtudes heróicas pelo qual lhe outorgava o título de venerável. Em 17 de janeiro passado, uma comissão médica reconheceu como cientificamente inexplicável uma cura atribuída a Lolo.
Trata-se da cura do menino Rogelio de Haro Sagra, de "sepse por germes gram-negativos", que aconteceu em 1972, quando ele tinha dois anos e meio. Hoje ele é árbitro internacional de tênis.
Lolo nasceu em Linares (Jaén), em 9 de agosto de 1920, e morreu na mesma cidade em 3 de novembro de 1971.
Ingressou no aspirantado da Ação Católica aos 11 anos, adquirindo em seu seio uma profunda formação espiritual que o fez viver com alegria sua doença. Durante os longos anos de enfermidade, recebia diariamente a Eucaristia, à qual tinha uma grande devoção.
Durante a Guerra Civil Espanhola, sendo Lolo ainda adolescente, distribuía a Comunhão a pessoas que sofriam reclusão, que ele também sofreu por causa de seus ideais cristãos. Foi acentuada sua devoção a Nossa Senhora, a quem rezava diariamente o terço e a quem dedicou alguns de seus escritos.
Começou a desenvolver seu trabalho profissional como jornalista em meios de comunicação como o jornal Ya, Telva, Vida Nueva, a agência Prensa Asociada, Signo entre outros.
Sua enfermidade começou em 1942 e um ano depois já tinha uma invalidez absoluta. Em 1962, ele ficou cego.
Apesar de sua doença, recebeu importantes reconhecimentos profissionais, como o Prêmio Bravo.
Em 1956, fundou a Revista Sinai para enfermos.
Algumas de suas obras: A cadeira de rodas; As estrelas são vistas à noite; Contos em "lá" sostenido.