Voluntários falam sobre suas experiências em cada JMJ e enfatizam valor das amizades como consequência do serviço
Denise Claro
Da redação
Cada Jornada Mundial da Juventude é única. Cada país que se torna sede imprime nos jovens participantes do evento uma particularidade. Através da cultura, da língua, da forma de evangelizar e de acolher os jovens nas casas, uma nova experiência é feita nos dias de encontro. Para os voluntários, que trabalham arduamente desde os preparativos para a JMJ, é tudo ainda mais intenso.
O brasiliense Ton Oliveira participa de todas as Jornadas desde a de Toronto, em 2002. Está em sua sexta JMJ. Somente como voluntário, atuou em Madrid, Rio de Janeiro e na próxima, que acontece daqui a um mês em Cracóvia, na Polônia, onde ele já está.
Para Ton, as jornadas são sempre diferentes, tem pessoas diferentes. “Esta de Cracóvia será interessante devido ao fato da cidade ser pequena. Vai ser interessante ver as ruas cheias de jovens.”
Mas enfatiza que existe algo que não muda: “O espírito das Jornadas é sempre o mesmo. O que mais impressiona é estar junto de milhões de pessoas do mundo inteiro que professam a mesma fé que você. A melhor parte das jornadas são as amizades que você leva para a vida inteira.”
Juliana Dutra é de Pernambuco e está se preparando para ir a Cracóvia como voluntária pela terceira vez. Em Madrid atuou como voluntária nas ruas, orientando os peregrinos. No Rio de Janeiro, trabalhou por quase dois anos, como tradutora.
“A decisão de ser voluntária deve ser tomada com o coração, pois não é um serviço fácil. É cansativo e muito exigente. Ao mesmo tempo, é uma experiência única, pois as amizades que trago das jornadas vou levar para a vida inteira. No meu setor, no Rio, havia pessoas que falavam 21 idiomas diferentes. Tenho amigos hoje do Egito, México e Síria. Até hoje tenho um grupo no WhatsApp das meninas que ficaram hospedadas no mesmo local que eu. Mesmo que longe fisicamente, nos assumimos em oração.”
O designer gráfico Gustavo Huguenin é coordenador da equipe de Redes Sociais na JMJ em Cracóvia. Ele conta que a primeira jornada que ele acompanhou foi a de Madrid, pela internet. Somente na do Rio de Janeiro, quando abriu o concurso para o Logo oficial, ele pensou em ajudar. “Inscrevi minha proposta, que foi escolhida. A partir daí, fui chamado para a equipe de design, sendo responsável pela identidade visual da JMJ.”
Gustavo conta que na preparação da Jornada do Rio, fez muitas amizades, inclusive uma especial que hoje é sua esposa, a jornalista Fabíola Goulart. Começaram a namorar e trabalharam juntos durante a Jornada. E desde que se casaram, se mudaram para Cracóvia para ajudar como voluntários na JMJ2016.
“Uma coisa que eu aprendi na Jornada do Rio é que a Jornada passa, mas os amigos permanecem. Como peregrino ou trabalhando, são amizades que nascem em bons momentos, mas que são provadas também nas dificuldades, porque não é fácil organizar um evento desse porte.”
Os participantes da Jornada, que começará daqui a um mês, podem esperar dias de grandes experiências. “A Jornada Mundial da Juventude mudou a minha vida. Mudou no Rio de Janeiro e continua mudando aqui em Cracóvia. Cada experiência é nova.”, acrescenta Gustavo.