Segundo a União Europeia para Controle de Fronteiras, outro dado recorde é que, desde 2010, o número na chegada de africanos à Itália aumentou 10 vezes
Ansa
O número de imigrantes que chegou à Europa através da rota central do Mediterrâneo, que leva à Itália e a Malta, cresceu 20% em 2016 com um total de 181 mil pessoas, anunciou nesta sexta-feira, 6, a agência da União Europeia para Controle de Fronteiras, a Frontex.
O total é o maior já registrado na história e quase a totalidade desses estrangeiros se dirigiu para o território italiano. As informações são da agência de notícias Ansa.
O dado reflete a intensa pressão migratória crescente do norte da África, responsável pelo aumento no número de imigrantes. Segundo a Frontex, essa rota é a escolhida por nigerianos, a maioria dos imigrantes, seguidos por pessoas da Eritreia, Guiné, Costa do Marfim e Gâmbia.
Aumento considerável
Outro dado recorde é que, desde 2010, o número na chegada de africanos à Itália aumentou 10 vezes. Em números totais, foram 503,7 mil imigrantes que atravessaram ilegalmente as fronteiras europeias, sendo que 364 mil fizeram esse caminho através do Mar Mediterrâneo. As chegadas mostram uma exponencial queda, já que, em 2015, mais de um milhão de pessoas fizeram essa travessia.
O relatório ainda destaca a grande queda no número de imigrantes que seguiram para a Grécia, que diminuíram 79% após a assinatura do acordo entre a União Europeia e a Turquia em março do ano passado. Com isso, apenas 182,5 mil pessoas usaram esse caminho para chegar ilegalmente à Europa.