Uma embarcação fretada por uma entidade líbia e que pretendia entregar ajuda humanitária aos palestinos da Faixa de Gaza mudou de rumo e está se dirigindo ao Egito, após receber alertas da Marinha israelense, segundo uma autoridade de Israel.
O navio Amalthea, de bandeira da Moldávia, se dirige ao porto egípcio de El Arish, segundo essa fonte israelense. Em Trípoli, a entidade beneficente estatal que organizou a missão não se manifestou.
Um mapa de navegação alimentado por satélite no site Marinetraffic.com mostrava o Amalthea 56 quilômetros a sudeste de El Arish, com chegada estimada para 11h (hora de Brasília). Antes, o navio não aparecia no mapa, sugerindo que seu GPS estava temporariamente obstruído ou desligado.
Israel já havia prometido impedir que o Amalthea – rebatizado de "Esperança" pelos ativistas – se aproximasse de Gaza. Em 31 de maio, embarcações vindas da Turquia para Gaza foram abordadas por soldados israelenses, e nove ativistas morreram no confronto, causando forte reação internacional.
O Estado judeu mantém um bloqueio econômico à Faixa de Gaza alegando que isso impede o grupo islâmico Hamas, que governa a região, de receber armas. Depois do incidente de maio, Israel atenuou o bloqueio terrestre, autorizando a entrada de produtos civis. Mas o bloqueio naval está mantido.
"Qualquer um que queira trazer materiais que não sejam materiais perigosos – munições etc – podem trazê-los por meio de El Arish, podem trazê-los por meio do porto (israelense) de Ashdod", disse o vice-premiê Dan Meridor à Rádio Israel.
"O que queremos é estabelecer o arranjo para as inspeções, para que possamos sempre chegar e não permitir que eles entrem peitando", afirmou.
O Egito disse na noite de terça-feira que o Amalthea solicitou e recebeu permissão para atracar em El Arish, e que as autoridades pretendiam enviar por terra a carga declarada de 2.000 toneladas de alimentos e remédios.
Ao contrário da Líbia, o Egito tem relações plenas com Israel, e também impõe restrições na sua própria fronteira com a Faixa de Gaza.
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