O parlamento israelense (Knesset) discutirá pela primeira vez nesta quarta-feira o projeto de lei de um deputado do Likud que prevê a revogação da cidadania israelense daqueles que participarem de atividades terroristas ou que tenham apoiado ataques durante visitas a países inimigos. Os partidos árabes israelenses se opõem claramente à medida. "Trata-se de uma lei fascista", disse o deputado de esquerda Jamal Zahalka.
Outros deputados acusam o ministro para assuntos estratégicos, Avigdor Liberman (do partido ultranacionalista Israel Beitenu), de ser o verdadeiro idealizador da lei. O jornal "Yediot Ahronot" noticiou que até agora foi revogada a cidadania israelense de duas pessoas: Keis Obeid, um árabe israelense que migrou para o Líbano e se tornou colaborador do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e Nihad Abu Kishak, um membro do braço armado do Hamas. Segundo o deputado do Likud, Ghilad Erdan, é necessário criar obstáculos aos árabes israelenses que se identificam com os inimigos de Israel. "Até uma democracia tem de se defender dos que querem a sua destruição", disse ao jornal "Yediot Ahronot".
O diário diz ainda que o conselheiro do governo para assuntos jurídicos, Menachem Mazuz, é contra o projeto de lei, que, se fosse aprovado, representaria, segundo ele, "uma medida drástica e extrema, que vai contra os direitos humanos". (ANSA)