Irã ativou imediatamente sua defesa aérea e, de acordo com várias agências de notícias iranianas, não foram relatados grandes danos
Da redação, com Vatican News
A resposta de Tel Aviv ao Irã veio na manhã desta sexta-feira, 19, dia do 85º aniversário do Grão Aiatolá Ali Khamenei. Mísseis e drones israelenses atingiram uma base militar perto de Isfahan, em retaliação ao ataque do último sábado. Cerca de 300 mísseis teriam sido disparados contra Israel a partir dessa base.
A cidade iraniana é conhecida por sua usina de energia atômica e é também um tesouro da história e dos monumentos do país.
O Irã ativou imediatamente sua defesa aérea e, de acordo com várias agências de notícias iranianas, não foram relatados grandes danos. Afirma-se que as instalações nucleares em si estão “completamente seguras” após os ataques, e “nenhum acidente foi relatado”.
A confirmação nesse sentido também vem diretamente da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), no perfil oficial da agência no X. “O diretor geral da Aiea, Rafael Grossi, continua a pedir extrema moderação de todos e reitera que as instalações nucleares nunca devem ser um alvo em conflitos militares.”
De acordo com as reconstruções e análises iniciais citadas pela televisão estatal de Teerã, os mini-drones abatidos pelas defesas aéreas em Isfahan foram “pilotados por infiltrados dentro do Irã”. Assim, “não haveria nenhuma indicação de um ataque externo contra o Irã”.
Objetivo do ataque israelense
“Enviar um sinal ao Irã de que Israel tem a capacidade de atacar dentro do país”: de acordo com uma autoridade israelense ao Washington Post, esse é o objetivo do ataque israelense contra o território iraniano. Israel avisou Washington sobre o ataque, que, segundo autoridades estadunidenses citadas pela Nbc e pela Cnn, “não aprovou a resposta”.
Por sua vez, a embaixada dos EUA em Jerusalém emitiu um alerta de segurança para os funcionários e suas famílias, solicitando que limitassem as viagens às áreas de Tel Aviv, Beersheba e Jerusalém por “precaução após relatos do ataque retaliatório dentro do Irã”.
Um alerta de 72 horas no Golfo Pérsico emitido pela agência de segurança marítima britânica Ukmto após o ataque israelense no Irã: “As embarcações que transitam pelo Golfo Pérsico e pela área ocidental do Oceano Índico poderim registrar um aumento na atividade de drones na região”, diz o boletim.
“No momento, não há indicações de navios mercantes na região. Os comandantes devem relatar qualquer atividade suspeita de drones” à referida agência de segurança marítima, pede o alerta.