Perseguição

ISIS ameaça cristãos do Líbano caso não se convertam ao islã

O Estado Islâmico também ameaçou o governo libanês por permitir a coexistência do cristianismo com outras religiões no país

Da redação, com ACI Digital

Em um vídeo divulgado no último fim de semana, o Estado Islâmico (ISIS) fez uma ameaça direta aos cristãos que vivem no Líbano, caso não se convertam ao islã. A mensagem também adverte o governo do país por permitir a coexistência entre religiões.

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O vídeo de 12 minutos foi filmado em Raqqa, na Síria, no qual são lidas mensagens por dois membros libaneses do ISIS. Segundo informou a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), na gravação os jihadistas afirmam também que ninguém conseguirá “impedir a chegada” deles a Jerusalém, instando os sunitas a “erguerem-se” para impor a lei islâmica no país.

Além disso, são feitas diversas advertências ao Líbano por causa da constituição deste país que permite uma inédita coexistência entre religiões no Oriente Médio. Dirigindo-se aos libaneses, os terroristas afirmam que eles “estão sendo governados por delinquentes”.

Os membros do autoproclamado Estado Islâmico fizeram ainda uma referência expressa ao movimento xiita Hezbollah, que tem ganhado crescente influência na política libanesa e que está atuando militarmente, com o apoio do Irã, contra grupos extremistas sunitas na guerra civil na Síria.

Conforme assinala a AIS, a divulgação do vídeo também ocorreu em um fim de semana “particularmente negro” com cerca de duas centenas de mortos e feridos em dois atentados terroristas na Costa do Marfim e na Turquia.

O atentado na Costa do Marfim, na estância turística de Grand-Bassam, provocou mais de duas dezenas de mortos, por atiradores que gritavam “Allah akbar” (Alá é grande). Horas depois, o ato foi reivindicado pela al-Qaeda do Magrebe Islâmico.

Por sua vez, na Turquia, o centro de Ancara foi abalado ontem por uma violenta explosão de um carro-bomba que causou 34 mortos e 125 feridos, alguns em estado considerado crítico. As autoridades turcas apontavam os separatistas curdos como os prováveis autores do ataque, o terceiro ocorrido no país desde outubro.

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