Vencedora do reality

Irmã Cristina conta como está sua missão após o The Voice Itália

Encontros com fãs no Facebook para rezar e evangelizar agora fazem parte da rotina da Irmã Cristina, vencedora do The Voice Itália

Da redação, com ACI Digital

Conhecida mundialmente após sua participação e vitória no The Voice Itália, a religiosa Irmã Cristina Scuccia conta como está sua vida, vocação e missão, depois do sucesso no programa de televisão.

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Irmã Cristina Scuccia é religiosa da Congregação das Ursulinas da Sagrada Família / Foto: ACI Digital

Segundo ela, a fama alcançada não fez com que ela perdesse a vocação. “Sou uma religiosa em todo o sentido. Eu, todos os dias digo ‘sim’ a Deus e me entrego a sua vontade e espero que o Senhor me tenha nos seus braços até o fim dos meus dias”, afirmou.

A irmã fez a profissão de fé em 29 de julho de 2012 e há seis anos faz parte da congregação das Ursulinas da Sagrada Família. Renovará seus votos no próximo 2 de fevereiro, dia da Vida Consagrada

A religiosa disse que depois do The Voice recebeu centenas de cartas e testemunhos de pessoas que voltaram para catolicismo por causa da sua atuação. “Realmente muitas vezes me digo, se isso consegue que só uma pessoa eleve os olhos para Deus, para mim, a minha missão já foi cumprida”.

“Há casos de outros jovens que nos telefonam porque sentiram algo em seu interior, ao me verem, tão jovem, e com a coragem de deixar tudo para seguir o Senhor, algumas meninas nos telefonaram explicando ‘olha, senti algo no meu coração e queria me aproximar da vida religiosa’”, afirmou.

Relatou que todas as noites, às 10pm, se reúne com os seus fãs através do Facebook para rezar por eles e pela evangelização do mundo. “Isto para mim é muito importante, mas muitos deles me explicaram que ficaram tocados quando me viram e que se aproximaram de novo a Deus, à oração. Certamente esta é a resposta… eu somente disse um ‘sim’ confiado a Deus, e depois Deus faz grandes coisas”.

“E assim, contudo, quando você diz o seu ‘sim’ confiado a Deus, Ele realmente faz grandes coisas contigo. O fato de que eles tenham sido tocados quando me viram, significa que era o sinal que não era eu, mas havia algo por cima de mim”, disse.

Indicou que o arrecadado pelas vendas do disco irá para alguns dos projetos de sua congregação em todo mundo, especialmente no Brasil, onde as ursulinas dirigem escolas dedicadas ao apoio escolar e social de crianças e famílias em dificuldade.

Para Irmã Cristina, seu modelo de vida consagrada é a Virgem Maria, que para ela, representa a presença da mulher na Igreja hoje em dia. “No que se refere a nós, servimos em silêncio, mas também há algumas que cantam e fazem um pouco de barulho (risadas). Mas isso também é necessário, seguir o chamado do Papa Francisco que diz ‘Andai e despertai o mundo’. Para mim a Virgem é a Mãe de Deus, a mãe por excelência, e a figura por excelência no que se refere a minha vida consagrada”, indicou.

Do mesmo modo, disse que pensa viver o Ano da Vida Consagrada “com ainda mais atenção a minha vida consagrada, porque para mim, o dom que é mais importante proteger é o da vocação”.

Se o projeto com a Universal Music “terminar, eu estarei muito contente de continuar meu serviço simples na escola e na paróquia, porque esta é a minha prioridade, manter como prioridade a minha vida consagrada e de oração com Deus, todo o resto pode cair, mas eu tenho a Deus que é a minha única rocha, e não tenho medo, porque com Deus não se pode ter medo”, assegurou.

“Tenho em minhas mãos uma responsabilidade muito grande. Qual? A de dar uma ideia diferente. Lá fora, podem ver-nos como pessoas tristes, inanimadas, que deixaram de viver, mas em realidade não é assim, o Senhor nos chamou, deu-nos uma alegria que não podemos conter, e que temos que compartilhá-la com todos”, afirmou.

Encontro com o Papa Francisco

Irmã Cristina encontra-se com o Papa Francisco em Roma / Foto: L'Osservatore Romano

Irmã Cristina encontra-se com o Papa Francisco em Roma / Foto: L’Osservatore Romano

No último dia 10, Irmã Cristina teve a oportunidade de encontrar-se com o Papa Francisco, na Praça São Pedro, no Vaticano. “Entreguei para ele o disco e expliquei-lhe que era fruto da minha pequena contribuição ao serviço dentro da Igreja, e lhe pedi a bênção, que era o que eu realmente queria. Ele me sorriu”.

“A verdade é que não há palavras para descrever a emoção que senti. Apertei a sua mão, e foi difícil deixá-lo ir embora! Foi tudo em frações de segundo, foi muito rápido, mas para mim foi muito intenso e importante”, afirmou.

A religiosa ursulina acrescentou que se pudesse voltar de novo para encontrá-lo seria um “sonho”. “É o Papa que proclama a ternura, mas na realidade vive a ternura. Se nota nos seus olhos, no seu olhar simples, de verdadeiro pai. Tem uma luz que penetra a alma e, portanto, foi realmente importante este encontro com ele”.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

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