A Interpol emitiu na terça-feira, 30, um mandado de busca (um alerta vermelho) para a prisão de Julian Assange, fundador do website WikiLeaks – especializado em revelar documentos secretos –, que está sendo procurado na Suécia por suspeita de crimes sexuais.
Assange é um ex-hacker que agora está no centro de uma controvérsia mundial desencadeada pela liberação pelo WikiLeaks, no fim de semana, de centenas de milhares de despachos diplomáticos sigilosos do governo norte-americano. Ele nega as acusações de crime sexual.
O site da Interpol, a agência internacional de polícia, diz que quem tiver qualquer informação sobre o paradeiro de Assange, australiano de 39 anos, deve contatar a polícia local.
Alertas vermelhos permitem que mandados de prisão expedidos por um país possam ser cumpridos em outro, o que facilita a captura e ajuda na possível extradição dos suspeitos.
O atual paradeiro de Assange é desconhecido. Acredita-se que ele esteja passando de um país a outro.
A promotoria sueca iniciou em setembro uma investigação contra Assange por acusações de estupro, molestamento sexual e coerção ilegal. No dia 18 de novembro, uma corte sueca ordenou a detenção dele.
Assange disse que as alegações não têm fundamento e criticou o que qualificou de "circo" na Suécia, onde ele procurava manter uma base para se beneficiar das rigorosas leis de proteção a jornalistas.
O WikiLeaks irritou os Estados Unidos ao divulgar mais de 250 mil comunicados internos de diplomatas do país, o que expôs atividades internas do Departamento de Estado, incluindo avaliações brutalmente ácidas sobre líderes mundiais.
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