Luta contra exploração

Instituição aponta que trabalho infantil é combatido com educação

O trabalho infantil é verdadeiramente combatido quando se investe em educação de qualidade. É o que afirma a Confederação Nacional de Ação Sobre o Trabalho Infantil (CNASTI), entidade portuguesa, no dia dedicado mundialmente à luta contra a exploração das crianças em atividades trabalhistas.

Segundo números da Organização Internacional de Trabalho, em todo o mundo, cerca de 200 milhões de crianças, entre os 5 e os 17 anos, trabalham. Aproximadamente 165 milhões de crianças com idades entre os 5 e os 14 anos, faltam ou abandonam definitivamente a Escola para trabalhar.

"São estas crianças, as que não vão para a escola, que mais facilmente entram na 'clandestinidade', e que estão mais susceptíveis de entrar em redes de tráfico, de pedofilia e de prostituição", afirma a CNASTI em comunicado à imprensa.

De acordo com a entidade, em Portugal, o trabalho infantil "continua existindo em setores como agricultura, construção civil e domicílios".

"As fábricas, sobretudo do setor têxtil e do calçado, raramente empregam crianças nas suas instalações mas entregam trabalho para que as famílias, incluindo as crianças, o façam em casa. Embora sem números oficiais, é certo que muitas crianças passam horas costurando sapatos ou cortando linhas em roupa", destaca.

Uma outra preocupação da CNASTI é o trabalho infantil artístico. "Nas novelas, nos musicais, na publicidade, na moda e nos filmes há cada vez mais crianças trabalhando. Um trabalho diferente do 'tradicional' mas que, da mesma forma, tira os menores da escola e obriga-os a ter uma vida muito pouco adequada à idade que têm".

Diante disso, a Confederação defende a escola como alternativa ao trabalho. "A Escola é, e será sempre, a primeira instituição que as crianças encontram e deve ser um espaço capaz de formar cidadãos ativos. Na escola, o aluno é o centro do projeto educativo".

"No Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, frisamos que a escola é dos alunos e para os alunos. São eles o princípio, o meio e o fim de uma Escola de sucesso", afirma a entidade.

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