Para Dom Eusebio Elizondo, é preciso preservar o direito de imigrar, embora a Igreja reconheça a necessidade de controle nas fronteiras
Da redação, com Rádio Vaticano
Dom Eusebio Elizondo, bispo de Seattle / Foto: Diocese de Seattle
O bispo auxiliar de Seattle e presidente do Comitê para as Migrações da Conferência Episcopal dos EUA, Dom Eusebio Elizondo, disse que os católicos americanos são convidados a “superar as divisões partidárias” sobre temas que dizem respeito aos migrantes, recordando a mensagem evangélica e os ensinamentos sociais da Igreja, fundados no acolhimento ao estrangeiro.
A declaração de Dom Eusebio foi feita em vista do Encontro de cúpula sobre refugiados e migrantes que se realizará na sede das Nações Unidas, em Nova York, na próxima segunda-feira, 19.
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“Estamos imersos num contexto social que evidencia as divisões e desacordos e sufoca a solidariedade e um autêntico espírito de comunidade”, afirmou o bispo, segundo repassou a agência Sir.
Os bispos católicos estadunidenses reconhecem a necessidade, para as nações, de controlar suas fronteiras, mas reiteram, ao mesmo tempo, “o direito de emigrar para as pessoas que não conseguem encontrar meios de sustento em seu próprio país ou se obrigadas a fugir de perseguições e violência”.
“As nações soberanas devem encontrar o modo para responder a esse direito”, lê-se na declaração de Dom Elizondo.
Para o bispo, não basta, portanto, acolher os migrantes nas comunidades, mas “os líderes políticos e religiosos desta nação devem trabalhar com os líderes dos outros países para criar as condições a fim de que as pessoas não sejam obrigadas a emigrar”.
Nesse sentido, a Igreja nos EUA pediu que se promova “o bem comum em todos os lugares”, e a construir um mundo “no qual todos possam ter acesso às oportunidades econômicas, políticas e sociais que permitem viver livres e com dignidade”.
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