O ato jurídico que abriu oficialmente o processo diocesano de beatificação de Chiara Lubich foi realizado na Diocese de Frascati, na Itália
André Cunha
Da redação
“À luz do Evangelho vivido e da radicalidade do amor”. Assim a Diocese de Frascati e o Movimento dos Focolares abriram o processo diocesano de beatificação de Chiara Silvia Lubich. A oração das vésperas e o ato jurídico marcaram a cerimônia que aconteceu nesta terça-feira, 27, na Catedral de Frascati, perto de Roma (Itália), presididos por Dom Raffael Martinelli, bispo da mesma diocese.
Quatro cardeais, entre eles, o brasileiro Dom João Braz de Aviz, outros bispos, sacerdotes, e focolarinos participaram da cerimônia. Membros de outras religiões, representantes de várias Igrejas cristãs e outros movimentos católicos, além de jovens de diversas partes do mundo, também marcaram presença.
Na oração das Vésperas, Dom Raffael disse que a abertura da causa de Chiara é motivo para dar glória a Deus. Ao mesmo tempo, disse ele, trata-se de um serviço à Igreja, para que ela ofereça ao mundo um testemunho de fé, esperança e amor, por meio da vida de uma de suas filhas.
“Claro, essa tarefa não é fácil”, disse o bispo. “Por isso, nessa ocasião queremos elevar a nossa oração a Deus para que este nosso serviço, de pesquisa da verdade, se desenvolva em tranquilidade, justiça e equilíbrio”.
O postulador da causa, padre Silvestre, apresentou as motivações para a abertura do processo, destacando o carisma da unidade e a santidade de Chiara, conhecida também como “apóstola do diálogo”.
“Durante os seis anos após sua morte, cresceu e difundiu a ideia a respeito da pureza e integridade desta serva de Deus. Foram muitos os testemunhos de graças e favores recebidos de Deus por sua intercessão”, disse.
Maria Voce, presidente dos Focolares, substituta de Chiara Lubich, evidenciou o desejo de dar ao mundo o testemunho de sua fundadora. Sublinhou que muitos dos presentes na cerimônia manifestaram, logo após sua morte, o desejo pela abertura da causa de beatificação.
“Através desta causa, onde a Igreja vai analisar as virtudes da serva de Deus, pedimos a Deus, que para sua glória e o bem de muitos, a humanidade conheça a paz e a unidade universal”, destacou a focolarina.
A decisão de pedir a abertura da causa de beatificação e canonização foi anunciada por Maria Voce no dia 7 de dezembro de 2013, com o desejo de que “tal reconhecimento pudesse levar todo o Movimento a um posterior empenho pelo bem da humanidade”.
A data de 7 de dezembro é simbólica, visto que foi nesse dia de 1943 que se deu o nascimento do Movimento dos Focolares. Chiara Lubich, faleceu em 14 de março de 2008, e foi a fundadora do movimento católico, cuja a finalidade é construir um mundo unido.
Saiba mais na reportagem de Lízia Costa e Pedro Vilas Boas