De acordo com o Sínodo, o Dia deve ajudar a prevenir abortos e aumentar a conscientização sobre o problema demográfico do país
Da redação, com Vatican News
O Santo Sínodo da Igreja Greco-ortodoxa instituiu o “Dia da criança não nascida”, a ser celebrada no primeiro domingo após o Natal. A interrupção voluntária da gravidez é legal na Grécia desde 1986 e pode ser praticada até a décima segunda semana de gestação.
Na origem da iniciativa, o Movimento “Deixe-me viver”, que disse estar “feliz e agradecido” pela decisão. Fiel ao Evangelho e à tradição da Igreja Ortodoxa, o Movimento está empenhado em defender a verdade sobre os nascituros, que são “pessoas, o reflexo da imagem de Deus”.
O objetivo do dia
De acordo com o Sínodo, o Dia deve ajudar a prevenir abortos e aumentar a conscientização sobre o problema demográfico do país.
A interrupção voluntária da gravidez é legal na Grécia desde 1986 e pode ser praticada até a décima segunda semana de gestação.
O tempo pode ser estendido para 19 semanas, no caso de estupro ou incesto. Além disso, se a mãe está em perigo ou sua saúde física e mental está ameaçada, o aborto é possível até o final da gravidez. Em média, o número de abortos na Grécia é de 150.000 a cada ano.
Crise demográfica
A Grécia está passando por uma forte crise demográfica. Basta recordar as estimativas apresentadas já em 2017 pela Igreja Greco-ortodoxa, segundo a qual a população grega diminuirá nos próximos vinte anos, de 500.000 a um milhão de pessoas.
Vários fatores estão na origem desta crise, como os questionamento sobre a instituição família, a aspiração geral ao bem-estar, o declínio do reconhecimento do papel da mãe, bem como o crescimento do relativismo em relação à fé em Deus. (Cath.ch)