Governo colombiano e as Farc devem assinar hoje último ponto das negociações de paz
Da Redação, com Agência Fides

Colombianos querem paz entre governo e as Farc / Foto: Reprodução Reuters
“Precisamos de um sinal claro de que a assinatura do acordo de paz será efetiva e não somente um ato simbólico”, disse o arcebispo de Tunja e presidente da Conferência Episcopal da Colômbia, Dom Luis Augusto Castro Quiroga, após ter sido anunciada para esta quinta-feira, 23, a assinatura do último dos pontos dos “Colóquios de Paz” em Cuba por parte do governo colombiano e do grupo guerrilheiro das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
O arcebispo defendeu que os guerrilheiros entreguem e destruam as armas publicamente. Ele também recordou algumas notícias não verificadas difundidas no país sobre a possibilidade de que os guerrilheiros possam retomar as cidades e reiterou a necessidade de assegurar ao povo que se veja os efeitos do acordo.
“O governo da Colômbia e os guerrilheiros das Farc anunciaram um histórico acordo por um cessar-fogo definitivo e o fim das hostilidades, após mais de meio século de violências que provocaram mais de 260 mil mortos, 45 mil desaparecidos e cerca de 7 milhões de deslocados”.
O comunicado conjunto das negociações colombianas foi difundido na noite desta quarta-feira, 22, em Havana, onde há três anos e meio estão se realizando as negociações de paz. Participam da cerimônia desta quinta-feira, na capital cubana, o presidente colombiano, Manuel Santos; o comandante das Farc, Timeleon Jimenez; e o secretário geral da Onu, Ban Ki-moon.
Trata-se de um momento histórico para a Colômbia, uma vez que a assinatura do acordo significa concluir um conflito armado que martirizou o país durante 52 anos.