As primeiras três obras de misericórdia espiritual “representam quase um projeto pedagógico para cada professor”, disse um bispo argentino
Da redação, com Rádio Vaticano
A Igreja vai celebrar na próxima quinta-feira, 15, o Jubileu dos Educadores, que acontece no âmbito do Ano Santo da Misericórdia. Na Argentina, por ocasião do dias dos professores no último dia 11, os bispos comentaram a importância deste Jubileu.
“Deus colocou nas suas mãos uma grande tarefa. O serviço de vocês é precioso”, disse o bispo de Quilmes, Dom Carlos José Tissera, em mensagem aos professores, convidando-os a “cultivar o amor pela verdade, de transmitir com um estilo simples e de proximidade” porque “o significado da palavra autoridade é aquele de fazer crescer”.
Na mesma linha falou o bispo de Catamarca, Dom Luis Urbanc, que exortou os professores a “colocarem as ações diárias em chave de misericórdia”. As primeiras três obras de misericórdia espiritual, ou seja, aconselhar quem tem dúvida, ensinar os ignorantes e advertir os pecadores “representam quase um projeto pedagógico para cada professor”, disse Dom Luis.
Já o bispo de Santiago del Estero, Dom Vicente Bokalic, dedicou a sua mensagem à colaboração entre escola e família: “uma comunidade educativa é uma pequena igreja, maior que a família e menor que uma igreja diocesana. Nela se vive e se convive, se caminha como peregrinos, filhos e irmãos”.
Comentando, depois, sobre a pouca participação das famílias na vida escolar, o bispo lembrou que “os primeiros responsáveis pela educação das crianças são os pais”. Trata-se de um “direito primário, essencial e insubstituível” que ninguém pode tirar. Nesse sentido, Dom Bokalic insistiu em “recuperar, restaurar, reconstruir uma nova colaboração entre escola e família”, também através “de um diálogo aberto e maduro entre professores e pais” para criar “as bases de uma sólida formação dos jovens e para a integração deles na sociedade”.
Por fim, arcebispo coadjutor de San Juan de Cuyo, Dom Jorge Lozano, exortou os professores a imitar um modelo por excelência: “para educar precisa olhar o outro como fazia Jesus, ou seja, direcionando às possibilidades inseridas em cada coração e à criatividade”.
“Jesus, de fato, é muito criativo: fala com a samaritana, come junto aos pecadores, faz milagres de sábado. Enfim: quebra paradigmas”. Daqui o convite a todos os professores a exercitar a criatividade e a direcionar os trabalhos em “novos projetos, novas estratégias educativas”, sempre deixando-se “inspirar e encorajar pelo Espírito Santo”.