A alta tensão no país, com as diversas manifestações contra a Presidente, fez a Igreja pedir calma e apela à unidade nacional
Da redação, com Rádio Vaticano
“Sentimos a necessidade de convidar as autoridades e todos os líderes políticos a realizarem com honestidade todo o esforço possível para se chegar à verdade, única base da justiça”. É o que afirma um comunicado do Comitê Executivo da Conferência Episcopal argentina sobre a morte do Procurador Alberto Nisman, assassinado em seu apartamento com um tiro de pistola na cabeça, em 19 de janeiro. Naquele dia Nisman deveria apresentar ao Parlamento documentos que comprovariam a ligação da Presidente Cristina Kirchner com o atentado contra a Associação judaica Amia, em 1994.
Impunidade fere a democracia
O Comitê Executivo expressou confiança de que as instituições da República possam “superar a sombra da impunidade que fere a saúde da democracia”, recordando que os atuais desafios devem ser enfrentados “baseados na moral e valores profundos” que são os fundamentos da convivência. Segundo o Comitê, “a falta de verdade, desperta uma profunda desconfiança e acaba por danificar o tecido social”.
Não obstante a alta tensão no país com as diversas manifestações contra a Presidente, a Igreja pede calma e apela à unidade nacional.
Os documentos que o Procurador Nisman apresentaria no Parlamento argentino acusavam a Presidente Kirchner de ter negociado um acordo secreto para garantir a impunidade de alguns cidadãos iranianos acusados de ter relações com o atentado.