Mais enchentes

Governadora vê situação "de guerra" após inundações na Austrália

As inundações em Brisbane começaram a recuar na quinta-feira, 13, depois de atingirem um nível inferior ao previsto, mas a reconstrução na cidade e em outras áreas atingidas levará anos, e há ameaças de mais enchentes devido à possível formação de um ciclone no Pacífico.

A enxurrada no rio Brisbane encheu de lama a cidade, terceira maior da Austrália, com 2 milhões de habitantes. Cerca de 12 mil casas foram inundadas, e 118 mil edifícios ficaram sem energia elétrica. Outros 35 subúrbios foram afetados, e a infra-estrutura local ficou bastante destruída.

Um grupo de moradores quase foi arrastado pela correnteza, no desmoronamento de uma rua. "O chão começou a se mexer e começou a fazer um barulho como de trovão. Todos começamos a correr o mais rápido que podíamos", disse Rebecca Bush. "No minuto seguinte, ouvimos esse enorme barulho de rachadura, como se um raio tivesse caído. Viramos para ver e a calçada tinha ido embora."

A primeira-ministra do Estado de Queensland, cuja capital é Brisbane, comparou a situação a uma "zona de guerra". "Tudo o que eu podia ver eram seus telhados (de casas inundadas)…, sob cada um deles há uma história de horror", afirmou Anna Bligh, comovida, após sobrevoar áreas atingidas. "Não só a capital, mas três quartos do meu Estado (precisam de) um esforço de reconstrução de proporções de um pós-guerra."

Uma área equivalente à da África do Sul foi oficialmente declarada em situação de calamidade. A temporada de chuvas ainda vai durar mais dois meses, e as autoridades alertam que as represas locais precisariam de pelo menos mais sete dias para baixar a níveis seguros.

O Departamento de Meteorologia previu que uma tempestade no mar do Coral, na costa norte de Queensland, deve se tornar um ciclone dentro de 24 a 48 horas. Embora isso deva causar mais chuvas, a previsão é de que o ciclone se afaste da costa. Mas, como o solo está encharcado e as represas estão cheias, quaisquer novas chuvas representam uma ameaça ao Estado.

O dilúvio foi atribuído ao fenômeno climático La Niña, que acontece nas águas do Pacífico. O ano passado foi o terceiro mais chuvoso já registrado na Austrália, e os meteorologistas preveem uma temporada de ciclones mais intensa do que a média.


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