O ministro das Finanças britânico, Gordon Brown, lançou oficialmente nesta sexta-feira (11/05) sua candidatura a chefe do Partido Trabalhista e primeiro-ministro, para suceder Tony Blair. No ato Brown falou de "erros" no Iraque e da necessidade de um enfoque diferente.
Com esta definição, o candidato favorito para suceder Blair, que deixará o cargo em 27 de junho, procurou se diferenciar do premier em final de mandato, já que a guerra e a ocupação no Iraque é, segundo pesquisas, o motivo principal da queda da popularidade do Partido Trabalhista.
As pesquisas estão indicando há meses que a oposição conservadora chegaria ao poder nas próximas eleições, para acabar com os dez anos de governo trabalhista liderado por Blair.
Neste contexto, Brown admitiu hoje que foram cometidos erros no Iraque e disse que durante a gestão para a qual se candidatou formalmente hoje dará ênfase à "batalha pelos corações e pelas mentes", concentrando-se no desenvolvimento econômico e na reconciliação iraquiana, mais que nas ações militares.
Em uma sucessão de movimentos previamente estudados, Blair declarou seu apoio a Brown como sucessor, poucos minutos antes. Blair se disse contente em apoiar Brown, a quem descreveu como possuidor de "um talento raro e extraordinário".