Presidente executiva da Fundação AIS, Regina Lynch lançou um apelo à oração e rogou: “Que Nossa Senhora da Síria proteja o seu povo”
Da redação, com AIS

Cardeal Amato morreu aos 86 anos / Foto: Canva Pro
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) manifestou profunda preocupação com a escalada de violência na Síria, particularmente na região costeira, onde centenas de civis foram vítimas de ataques indiscriminados. A situação criou uma atmosfera de medo e incerteza, também para as comunidades cristãs, que já sofreram muito na última década.
Segundo fontes de Latakia próximas da organização, sexta-feira passada, 7, foi descrita como “um dia muito doloroso” nas cidades de Tartus, Banias, Jabla e Latakia, bem como nas aldeias circundantes. Os confrontos começaram a partir de uma emboscada efetuada por alguns militantes alauítas que matou cerca de 20 membros das “novas forças de segurança. Entre os mortos encontram-se também membros de comunidades cristãs. Além disso, relatos indicam que casas e veículos foram saqueados.
O Vicariato Apostólico da Comunidade Latina na Síria emitiu um comunicado em que expressa profunda preocupação por estes ataques a civis inocentes. “Unimo-nos à voz de todas as pessoas honestas e patrióticas deste país, sublinhando a nossa rejeição de todas as formas de violência, vingança e retaliação baseadas em motivos sectários e religiosos. Apelamos às autoridades do país para que ponham rapidamente termo a estes ataques, que são incompatíveis com todos os valores humanos, morais e religiosos”, escreveu o Vigário de Aleppo, Dom Hanna.
O comunicado menciona igualmente a promessa do presidente Ahmed Al-Sharaa de responsabilizar aqueles que atacam civis e de implementar “as transições necessárias para conduzir o país à segurança”. Além disso, reitera o compromisso com a unidade territorial da Síria e rejeita qualquer tentativa de dividir o país.
Apelo da AIS e do Papa
À luz desta tragédia, a presidente executiva da Fundação AIS, Regina Lynch lançou um apelo à oração:
“Nestes momentos de dor e sofrimento, voltamo-nos para a única fonte verdadeira de paz: a oração. Pedimos a todos os fiéis que elevem a sua voz ao Senhor, confiando no Seu amor e poder para levar conforto àqueles que mais precisam. Que Nossa Senhora da Síria proteja o seu povo, que sofreu demasiadas feridas ao longo da última década. Agora, mais do que nunca, devemos rezar pela sua cura e pelo seu futuro. Que a fé nos mantenha unidos e que a esperança em Cristo ilumine esta nação sofredora”.
A situação na Síria também preocupa o Santo Padre. No texto preparado por Francisco para o Angelus do último domingo, 9, e que foi divulgado pela sala de imprensa da Santa Sé, o Papa cita o regresso da violência no país e pede respeito por todos, independentemente da sua filiação étnica ou religiosa:
“Em particular, tomei conhecimento com preocupação do recomeço de violências nalgumas zonas da Síria: espero que cessem definitivamente, no pleno respeito de todas as componentes étnicas e religiosas da sociedade, especialmente dos civis”, escreveu.