Depois da audiência com o Papa Bento XVI, ocorreu o último ato do Fórum católico-muçulmano, com a leitura na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, da declaração final.
Nesta declaração, estão elencados os pontos de semelhanças e divergências que emergiram durante o encontro.
Como reiterado pelo Papa esta manhã, para os cristãos, a fonte e o exemplo do amor a Deus e ao próximo é o amor de Cristo por seu Pai, pela humanidade e por cada pessoa. Para os muçulmanos, o amor é o poder transcendente e eterno que guia e transforma as visões que são comuns à humanidade. Como indicou o Profeta Maomé, o amor a Deus é prioritário na vida do homem.
Instrumentos de amor e harmonia
Entre os pontos convergentes, católicos e muçulmanos afirmam que a vida humana é o dom mais precioso de Deus para cada pessoa. Este dom deve ser protegido e honrado em todas as suas fases.
A criação da humanidade inclui dois aspectos: o homem e a mulher, e ambos gozam da mesma dignidade e do mesmo respeito. Sobre as minorias religiosas, são dignas de respeito em suas manifestações práticas e teóricas. Portanto, seus símbolos não podem ser expostos a qualquer forma de ridicularização.
"Nenhuma religião e seus seguidores podem ser excluídos da sociedade", declaram ainda católicos e muçulmanos. E jamais culturas, civilizações, idiomas e populações devem ser causa de tensão ou conflito.
Católicos e muçulmanos são chamados a serem instrumentos de amor e harmonia, renunciando a qualquer opressão, agressão e terrorismo, especialmente se cometido em nome da religião.
Os fiéis de ambas as religiões devem trabalhar por um sistema financeiro ético, em que seus mecanismos reguladores considerem a situação dos pobres e dos desfavorecidos, seja enquanto indivíduos, seja como nações endividadas. Fiéis e pessoas de boa vontade têm que trabalhar para aliviar quem padece a fome e eliminar suas causas.
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