A obra, em preto e branco, inicia com a imagem de uma embarcação que navega no Oceano Pacífico, tendo a bordo Joseph de Veuster, sacerdote belga da Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, que, em 1873, partiu como voluntário rumo à ilha de Molokai, onde eram segregados os doentes de lepra.
A generosidade do padre Damião, que morreu vítima da doença em 1889, depois de 16 anos junto aos leprosos, foi reconhecida por João Paulo II, que o beatificou em 1995, e por Bento XVI, que o canonizou (proclamou-o santo) em Outubro de 2009.
O interesse da Filmoteca do Vaticano nesta obra "datada" reside na possibilidade de propor uma reflexão sobre a dedicação, sacrifício e luta contra o preconceito face a uma doença que durante muitos séculos foi considerada castigo divino e motivo de rejeição.
"Molokai" é um dos primeiros filmes do arquivo cinematográfico da Santa Sé, instituído no mesmo ano em que a película foi realizada. A obra atraiu, naquele tempo, a atenção das entidades eclesiais, tendo sido exibida pelo Vaticano e obtido um reconhecimento oficial por parte das Pontifícias Obras Missionárias, instituição pertencente à Igreja Católica.
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