Francisco lembrou que Deus ama a humanidade e tem sonhos para ela; aos fiéis, cabe acreditar e dar espaço a esse amor
Da Redação, com Rádio Vaticano
Deus é apaixonado pela humanidade e o homem é o seu sonho de amor. Nenhum teólogo pode explicar isso, só se pode chorar de alegria. Essa foi, em síntese, a homilia do Papa Francisco na Casa Santa Marta nesta segunda-feira, 16.
Partindo da Primeira Leitura, do Profeta Isaías, onde Deus diz que criará “novos céus e nova terra”, Papa Francisco reiterou que a segunda criação de Deus é ainda mais maravilhosa que a primeira, porque quando Deus refaz o mundo arruinado pelo pecado, faz isso em Jesus Cristo. Neste gesto de renovar tudo, Deus manifesta a sua imensa alegria.
“O Senhor pensa naquilo que fará, pensa que Ele, Ele mesmo estará na alegria com o seu povo. É como se fosse um sonho do Senhor: o Senhor sonha. Tem os seus sonhos. Os seus sonhos para nós”.
Como exemplo, ele falou dos sonhos que os noivos têm, pensando nos momentos que passam juntos, no casamento que virá. “Nós estamos na mente e no coração de Deus (…) Deus sonha com a alegria de que desfrutará conosco”.
Por isso Deus quer re-criar a humanidade, explicou Francisco, fazer novo o coração do homem para que a alegria possa triunfar. Deus pode mudar a vida das pessoas e faz muitos planos para elas, mostra-se apaixonado pelo seu povo; escolheu o povo porque este é o mais miserável de todos. Esse é o amor de Deus, enfatizou o Papa, um amor que nenhum teólogo pode explicar.
“Creio que não há teólogo algum que possa explicar isso: não se pode explicar. Sobre isso, só se pode pensar, sentir e chorar. De alegria. O Senhor pode nos mudar”.
Como exemplo desse amor, o Pontífice citou o trecho do Evangelho sobre a cura do filho do funcionário do rei. Aos fiéis é pedido apenas que acreditem nesse amor, acreditem que Deus pode mudar suas vidas, como acreditou aquele funcionário, retratado no Evangelho, que teve seu filho curado por Jesus.
“A fé é dar espaço a este amor de Deus, é dar espaço ao poder, ao poder de Deus, mas não ao poder de alguém que é muito poderoso, ao poder de alguém que me ama, que é apaixonado por mim e que quer a alegria comigo. Isto é a fé. Isto é acreditar: é dar espaço ao Senhor para que venha e me mude”.