Leonardo Meira
Da redação
Bento XVI recebeu as cartas credenciais do novo Embaixador de Portugal junto à Santa Sé, Manuel Tomás Fernandes Pereira, às 11h30min (em Roma – 7h30min no horário de Brasília) desta sexta-feira, 22.
O Pontífice destacou que a união entre fé e história forjou um “vínculo especial” entre o povo português e o Sucessor de Pedro, bem como suas lembranças da viagem que fez ao país em maio deste ano.
“Onde a sociedade cresce e as pessoas se fortalecem no bem graças à mensagem da fé, sai beneficiada também a convivência social e os cidadãos sentem-se mais disponíveis para servir o bem comum”, defendeu.
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.: Discurso de Bento XVI ao novo Embaixador de Portugal
O Papa explicou que a presença da Santa Sé no cenário internacional busca a promoção integral do homem e dos povos. Nesse cenário, os obstáculos para efetivar tal promoção não são apenas de ordem econômica, “mas dependem de atitudes e valores mais profundos: os valores morais e espirituais que determinam o comportamento de cada ser humano para consigo mesmo, os outros e a criação inteira”, disse.
Quanto ao contexto social, o Bispo de Roma salientou que a Igreja promove a consciência de que esses valores devem permear a vida pública e particular.
“Ela [a Igreja] não representa modelos parciais e passageiros de sociedade, mas tende à transformação dos corações e das mentes, para que o homem possa descobrir-se e reconhecer-se a si mesmo na verdade plena da sua humanidade. E dado a sua missão ser de caráter moral e religioso, a Igreja respeita a área específica de responsabilidade do Estado. Ao mesmo tempo encoraja os cristãos a assumirem plenamente as suas responsabilidades como cidadãos para, juntamente com os outros, contribuírem eficazmente para o bem comum e para as grandes causas do homem”, definiu.
Por fim, Bento XVI lembrou que a nova Concordata entre a Santa Sé e Portugal já está em vigor há seis anos. “Desejo daqui encorajar os esforços que se estão a fazer para uma completa e fiel aplicação da mesma nos diversos campos da Igreja Católica e da sociedade portuguesa”.