Os dois presentes foram entregues após a Catequese desta quarta-feira no Vaticano
Da redação, com Rádio Vaticano
As 71 famílias de refugiados, com 53 crianças menores de cinco anos, hospedadas na Paróquia sírio-católica de São José, em Bagdá, Iraque, enviaram ao Papa Francisco dois presentes, feitos com suas próprias mãos: uma pequena tapeçaria que tem no centro a representação da Natividade para dizer que a Igreja está aberta a todos, e um manto típico da tradição árabe simbolizando o calor do acolhimento.
Os dois presentes foram entregues pessoalmente ao Papa Francisco pelo pároco padre Pius Cacha, no final da Audiência Geral desta quarta-feira, 9, na Praça São Pedro, no Vaticano.
“Estas famílias fugiram da região de Qaraqosh, principal cidade cristã do Iraque, localizada entre Mosul e Irbil, para fugir da violenta avançada do Estado Islâmico e fugir da morte certa”, explicou o sacerdote ao jornal da Santa Sé, L’Osservatore Romano.
O padre não esconde o drama da situação. “Chegamos ao ponto em que os migrantes estão se tornando a cada dia mais numerosos do que os cristãos residentes. Estão nesta paróquia histórica há 31 anos e quando as famílias refugiadas chegaram eram mais de 1.300. Hoje, não chegam a 400”, disse ainda o pároco.
Na paróquia de Bagdá a prioridade agora é o acolhimento de quem perdeu tudo, com o apoio das comunidades e organizações caritativas católicas. “Damos aos refugiados tudo o que temos e posso garantir que não é muito, infelizmente. Partilhamos tudo. Ajudamos os refugiados a manter viva a esperança de que um dia voltarão para suas casas”. Com o apelo do Papa a abrir as portas aos migrantes ganhou ainda mais impulso o compromisso da comunidade de São José em Bagdá.