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Especialistas temem genocídio na Costa do Marfim

Especialistas em diretos humanos ligados às Nações Unidas fizeram um alerta para possibilidade de um genocídio na Costa do Marfim. De acordo com Edward Luck, conselheiro especial da área de proteção, as alegações de que milícias e as próprias forças armadas estariam recrutando grupos étnicos armados são “particularmente perturbadoras”.

"Há um risco real de que confrontos entre esses grupos espalhem-se pelo país”, diz Luck, citado pela Voz da América. “Se não for visto de perto, isso pode acabar em atrocidades em massa.” Segundo o especialista, os dois lados são responsáveis por conter o discurso “inflamatório”, que incitam o ódio e a violência.

A Costa do Marfim – maior produtor de cacau do mundo – vive um impasse político desde o segundo turno das eleições presidenciais, em 28 de novembro passado. Quatro dias depois da votação, a Comissão Eleitoral anunciou a vitória de Alessane Ouattar, da oposição. Mas a Corte Constitucional anulou os votos de sete regiões no Norte, sob alegação de irregularidades, e declarou o então presidente Laurent Gbagbo como vencedor.

Desde então, a comunidade internacional pressiona Gbagbo a deixar o poder. Com o apoio das Forças Armadas, ele resiste e defende a vitória. Ontem, 19, Gabgbo anunciou que não aceita mais o mediador escolhido pela União Africana. Segundo ele, o primeiro-ministro do Quênia, Raila Odinga, “não é um negociador neutro”.

Odinga deixou a Costa do Marfim dizendo que “o tempo para uma solução amigável está passando”. De acordo com ele, a possibilidade de anistia para Gbagbo e seus apoiadores diminui à medida que eles continuam “cometendo crimes contra civis e as forças de paz”.

Na quarta-feira, 19, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou, por unanimidade, o envio de mais 2 mil soldados para a manutenção da paz na Costa do Marfim, elevando o total para 11 mil militares.

A eleição de novembro foi a primeira na Costa do Marfim em dez anos. Desde 2005, o pleito foi adiado algumas vezes por causa da falta de segurança. Três anos antes, uma tentativa de golpe tentou destituir Gbagbo. Ele manteve o posto, mas perdeu o controle da região norte do país – área que apoiou maciçamente a oposição e o candidato Ouattarra. Uma guerra civil estourou e durou dois anos.

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