Eleições

Espanha vai às urnas eleger Parlamento e formar novo governo

Essa é a terceira vez, em quatro anos, que a Espanha vai às urnas para eleições legislativas

ANSA

Espanhóis durante votação neste domingo, 28/ Foto: Reprodução Reuters

Mais de 36 milhões de espanhóis foram convocados às urnas neste domingo, 28, para renovar o Parlamento do país, composto por 350 deputados e 208 senadores, e formar um novo governo.

As seções eleitorais abriram às 9h locais e fecharão às 20h (4h e 15 de Brasília, respectivamente) em toda a Espanha, com exceção das Ilhas Canárias, onde o processo eleitoral se encerra uma hora mais tarde.

Para formar um novo governo, um partido terá que ser apoiado por mais da metade (176) do total dos deputados eleitos. Porém, as pesquisas apontam para um resultado pulverizado, com três partidos com mais de 10% dos votos, o que dificultará as negociações para uma coalizão de governo.

Os socialistas do PSOE, com o primeiro-ministro Pedro Sánchez, que governa o país desde junho de 2018, aparecem como os favoritos, mas podem não conquistar as cadeiras suficientes para uma coalizão estável. Outra dúvida é se os partidos liberais e de direita também terão cadeiras suficientes para formar seu próprio bloco.

O PSOE lidera as sondagens com 30% das intenções de voto, seguido do Partido Popular (PP), de direita com quase 20%. Um grupo de três partidos Cidadãos (a liberal), Podemos (extrema-esquerda) e Vox (extrema-direita) fica com 10% a 15% dos votos cada.

Sánchez foi obrigado a convocar eleições antecipadas depois que legisladores pró-independência da Catalunha se recusaram a aprovar o orçamento de 2019 no Parlamento.

A eleição de hoje ainda deve marcar a entrada no Parlamento de um partido de extrema-direita que, há 40 anos, tinha papel secundário na política da Espanha. O Vox foi fundado por um ex-membro do conservador Partido Popular (PP), com uma forte postura contra a imigração ilegal, mas acabou ganhando notoriedade contra os separatistas da Catalunha.

Instabilidade

Essa é a terceira vez em quatro anos que a Espanha vai às urnas para eleições legislativas, e em todas as anteriores o resultado foi instabilidade política e longas negociações para se formar um governo.

Sánchez assumiu o poder em junho de 2018, ao angariar o apoio de separatistas catalães para derrubar o então premier Mariano Rajoy, atingido por escândalos de corrupção. A aliança, no entanto, durou apenas até fevereiro deste ano.

Ao ver que não conseguiriam apoio para a autodeterminação da Catalunha, os separatistas se juntaram à oposição para rejeitar a Lei Orçamentária. Apesar dos resultados da eleição de novo, a formação do novo governo deve durar semanas. 

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