A dependência de álcool, as implicações éticas e morais, associadas a este fenômeno e às estratégias para prevenção e tratamento foram os temas centrais de uma conferência sobre o uso nocivo do álcool. O encontro foi encerrado, na noite desta terça-feira, 14, no Vaticano.
O evento promovido pela Pontifícia Academia das Ciências reuniu profissionais da saúde vindos de várias partes da Europa. “O consumo de álcool e a dependência são um problema de saúde pública e social”, alerta o chanceler da Pontifícia Academia, Dom Marchelo Sanchez Sorondo.
Segundo o bispo, a dependência é um problema que não pode ser subestimado, pois atinge áreas fundamentais como a família, o ambiente de trabalho e o convívio social.
De acordo com o presidente da Sociedade Italiana de Combate ao Alcoolismo, Emanuele Scafato, é necessário eliminar o estigma social que rotula o alcoolismo como um vício e não como uma doença.
“A dependência de álcool deverá ser definida, em primeiro lugar, como uma doença, e não como um 'defeito' e é, ao mesmo tempo, um problema, porque expõe a pessoa, e ainda há o risco de que ela não se interesse por uma reabilitação”, destaca o presidente.
Para os participantes do encontro, um passo importante no combate a essa doença é coibir a grande propaganda midiática que se faz com a bebida. Entre as medidas de prevenção, está a conscientização dos males do álcool à pessoa e à vida em sociedade.
De acordo com a Pontifícia Academia das Ciências, aos que sofrem com a dependência, é necessário oferecer tratamento, porém, a pessoa deve estar convencida de que sofre de uma doença.
