Congresso realizado pela Penitenciaria Apostólica destaca os benefícios do segredo de confissão e o objetivo de seu caráter confidencial
Da redação, com news.va
O segredo de confissão é inviolável. A Igreja não admite exceções nesta questão e, aliás, já em 1988 adequou a sua normativa, incluindo na pena da excomunhão, cominada em caso de violação, e também a quem quer que utilize os novos instrumentos tecnológicos para divulgar através dos meios de comunicação quanto proferido pelo confessor e pelo penitente.
Sobre essa questão, acontece em Roma, um congresso promovido pela Penitenciaria Apostólica. O evento, que começou ontem, termina nesta quinta-feira, 13, orientado pelo tema “O segredo confessional e a privacy pastoral”.
No início do encontro, o penitenciário-mor, cardeal Mauro Piacenza, destacou a necessidade de “afastar imediatamente qualquer suspeita de que o sistema de segredo que o ordenamento eclesial se atribui, vise cobrir tramas, conspirações ou mistérios, a que tende por vezes ingenuamente a opinião pública ou, mais facilmente, é sugestionada a acreditar”.
O cardeal explicou ainda que o “objetivo do segredo, tanto sacramental como extra-sacramental, é proteger a intimidade da pessoa, ou seja custodiar a presença de Deus no íntimo de cada homem”.
A este propósito, recordou que “grandes e saudáveis são os efeitos que com o segredo e o caráter confidencial se desejam proteger e preservar para salvaguardar a fama e a reputação de alguém ou respeitar direitos de indivíduos e de grupos”.