Multidão destrói casas de quatro famílias cristãs em protesto contra possível construção de uma igreja
Da redação, com AIS
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) informou nesta terça-feira, 12, que cerca de 300 pessoas atacaram e incendiaram as casas de quatro famílias coptas na aldeia de Kom, no último fim de semana, em protesto contra a possível construção de uma igreja.
O comunicado no site da AIS de Portugal explica que o ataque às famílias cristãs coptas terá sido “uma resposta ao boato” de que a comunidade cristã vai construir uma igreja na aldeia de Kom el Loofy, pois o local de culto mais próximo situa-se a cerca de oito quilômetros de distância.
“As autoridades terão já identificado e detido alguns dos responsáveis pelo ataque contra as habitações”, acrescenta a AIS.
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre recorda que o incidente aconteceu apenas alguns dias depois dos assassinatos da monja ortodoxa Athanasia, quando viajava entre o Cairo e Alexandria, e do padre copta Rafael Moussa, em Al Arish, no Sinai.
Todos estes incidentes estão alarmando significativamente a comunidade copta.
O bispo católico de Giza, Dom Antonios Aziz Mina, já reconheceu que os jihadistas procuram “um motivo para criar problemas e dividir o povo” egípcio, e que “a comunidade cristã tem medo” do que possa vir a acontecer, apesar de confiar na capacidade do exército no combate aos extremistas.