Jennifer Doudna e Emmanuelle Charpentier foram premiadas por terem descoberto um método de edição do genoma
Da redação, com Reuters
A cientista Jennifer Doudna ganhou o prêmio Nobel de Química de 2020 pelo desenvolvimento de um método para edição de genoma. Ela divide o prêmio com Emmanuelle Charpentier. A dupla descobriu uma das ferramentas mais afiadas da tecnologia genética: a tesoura genética CRISPR / Cas9, segundo divulgou a Real Academia Sueca de Ciências em um comunicado oficial na entrega do prêmio de 10 milhões de coroas suecas (US $ 1,1 milhão) às pesquisadoras.
Charpentier, que é francesa, e Doudna, uma americana, tornam-se a sexta e sétima mulheres, respectivamente, a ganhar um Nobel de Química, juntando-se a nomes como Marie Curie, que levou o prêmio em 1911, e, mais recentemente, Frances Arnold, em 2018.
Seguindo a tradição, Química é o terceiro prêmio anunciado, seguido pelos prêmios das categorias Medicina e Física, anunciados no início desta semana.
Os prêmios por realizações em Ciência, Literatura e Paz foram criados e financiados pelo inventor da dinamite, o empresário sueco Alfred Nobel, e são concedidos desde 1901. O prêmio de Economia foi acrescido posteriormente.
Como tantas outros, a pandemia redesenhou o Nobel, com muitos dos eventos tradicionais, como o grande banquete, cancelados ou transferidos à internet, mesmo com a pesquisa sobre a doença — acima de tudo a busca por uma vacina — dominando os holofotes científicos.