Durante a missa de canonização de Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, que acontece dia 11 de maio no Campo de Marte, em São Paulo, duas imagens servirão para criar um ambiente mais adequado à espiritualidade da ocasião. A do próprio Frei Galvão ficará à esquerda do palco e outra, trazendo a figura da Imaculada Conceição, estará do lado direito. Ambas terão quatro metros de largura por oito de altura.
Imagem da Virgem Imaculada
Segundo a teologia cristã, este símbolo se diferencia das outras representações da Mãe de Jesus Cristo: traz o dragão – quase sempre representado pela serpente – e a lua aos seus pés. Maria, que carrega em si a luz divina, aparece sobre a lua com a intenção de destacar sua posição “nas alturas” (mais alta que os céus), ainda que habitasse em Nazaré e caminhasse por Jerusalém.
Um dos significados mais presentes na figura da lua é o da morte e ressurreição porque ela nasce, cresce, alcança seu ápice, mingua e “morre” para “ressuscitar” três dias depois. Esta analogia a Maria ilustra aquela que gera o Messias, mártir que cumpre seu ciclo de vida, morte e ressurreição. A lua, iluminada pelo sol sem nada perder de sua integridade, pode ser considerada como um símbolo da virgindade, assim como Nossa Senhora – mãe e virgem ao mesmo tempo.
A lua depende do sol, mas brilha soberana no meio da noite. Da mesma forma, Nossa Senhora depende de Jesus Cristo, pois pela maternidade recebeu muitos privilégios, mas, exatamente por causa de seu filho não sucumbe ao pecado, continua brilhando límpida como a luz divina.
Para compreender o simbolismo da serpente, basta recordar as palavras do Gênesis, que retrata a criação e a queda de nossos primeiros pais. Deus criou Adão e Eva e os colocou num jardim onde existia uma árvore central (símbolo da vida e da morte) da qual estavam proibidos de comer os frutos. O demônio, convertido em serpente, induziu Eva a colher e provar um deles e, em conseqüência, ela e Adão perderam a imortalidade.
No caso da imagem da Imaculada Conceição, os símbolos que estão aos seus pés a proclamam santíssima, cheia da graça divina, vitoriosa sobre o mal, o demônio e a morte, mãe fecunda e virgem consagrada, portadora de vida e salvação, senhora vitoriosa e defensora da humanidade.