“Aquilo que vem acontecendo no Médio Oriente é a destruição sistemática de um grupo de pessoas”, afirmou dom Silvano Tomasi
Da redação, com Rádio Vaticano
O representante da Santa Sé no Conselho de Direitos Humanos da ONU, dom Silvano Tomasi, afirmou que os cristãos no Oriente Médio são vítimas de um “genocídio”, e pediu a intervenção da comunidade internacional para parar a violência na região.
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“Parece-me que estamos perante um genocídio, porque aquilo que vem acontecendo no Médio Oriente é a destruição sistemática de um grupo de pessoas identificadas pela sua crença religiosa ou porque estão em desacordo com as autoridades que comandam o território”, disse dom Silvano Tomasi.
Segundo o arcebispo, o caminho ideal para mudar a situação é o da negociação, para se chegar sem violência a uma solução política e pacífica. “A violência traz sempre resultados que não são construtivos e depois, a longo prazo, leva a mais violência”, considerou.
Dom Tomasi pediu um cessar-fogo que faça parar a “violência sistemática que destrói milhares de pessoas”, admitindo que em algumas situações não existe “vontade política” para resolver os problemas.
“O uso da força, ainda que infelizmente seja necessário por vezes, é uma ‘extrema ratio’ (último recurso), é uma solução verdadeiramente limite, quando todas as outras vias foram tentadas”, afirmou.
O representante da Santa Sé junto das instituições da ONU com sede em Genebra (Suíça) acusou ao autoproclamado Estado Islâmico pela violência contra “pessoas inocentes”.
“Há a obrigação moral, o dever de proteger esta gente. A decisão sobre as modalidades de proteção dessas pessoas, cujos direitos fundamentais são violadas, é tarefa da comunidade internacional”, conclui.