Dom Parolin destacou que Francisco valoriza, para além das reformas estruturais na Igreja, a “reforma do coração”
Da redação, com Rádio Vaticano
Nesta segunda-feira, 13, data do 4ª aniversário do pontificado de Francisco, o Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, recordou a “surpresa” que representou a eleição do então arcebispo de Buenos Aires e a própria escolha do nome “Francisco”.
Para o Cardeal – escolhido pelo Papa Francisco para a fundação de Secretário de Estado – é importante sublinhar a ideia de “Igreja em caminho” para entender o atual pontificado.
“O esforço da Igreja deve ser o de se tornar canal do encontro entre a misericórdia de Deus e o homem de hoje, na sua realidade concreta, nas suas alegrias e nas suas dores, nas suas certezas e também nas suas fraquezas e nas suas dúvidas”, explicou.
Dom Pietro Parolin assinalou que as críticas ao Papa são algo que sempre existiu na vida da Igreja e que se devem aceitar, desde que sejam “críticas sinceras, que querem construir e sirvam, então, para progredir”.
Em relação às reformas em curso, o secretário de Estado do Vaticano, que integra o Conselho dos Cardeais criado pelo Papa Francisco, com representantes dos cinco continentes, valoriza sobretudo a “reforma do coração”, que ultrapassa meros “critérios funcionais”.
“Aquilo que me impressiona no Papa Francisco é precisamente a sua leitura de fé das coisas, das situações, da qual nasce, diria, uma grande serenidade de fundo”, observa o mais direto colaborador do pontífice.
Essa serenidade, diz ainda, acompanha o Papa mesmo nos momentos “mais difíceis, mais complicados”, permitindo-lhe avançar “com força” e “com coragem”.