Dom Manuel Clemente defende mudanças na lei portuguesa referente ao aborto e pede maior apoio à maternidade
Da Redação, com Agência Ecclesia
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa – CEP, Cardeal Manuel Clemente, defende mudanças na lei portuguesa referente ao aborto e pede maior apoio à maternidade. Ele expressou tais necessidades durante seu discurso de abertura da 186º assembleia plenária do organismo episcopal que acontece até quinta-feira, 16.
“Em Portugal, tal (o aborto) atinge uma grande quantidade de vida humanas, cuja gestação é interrompida ao abrigo de uma lei que não os protege”, disse o cardeal patriarca de Lisboa.
De acordo com o responsável, a Iniciativa Legislativa de Cidadãos reuniu cerca de 50 mil assinaturas para que a Assembleia da República “veja o que está e não está a ser feito neste campo”.
“Foi tal o envolvimento dos subscritores, que algo de novo e positivo acontecerá certamente, no plano prático e legal”, declarou.
O patriarca de Lisboa recordou as palavras do Papa Francisco para dizer que a defesa da vida está intimamente ligada à defesa de qualquer direito. “Como o Papa não deixa de acrescentar, a defesa da vida em gestação há de ser prevenida e acompanhada com o apoio concreto às mães gestantes”, disse Dom Clemente.
Para o cardeal, esta deve ser uma prioridade política geral, por ser uma causa base imprescindível do direito comum de todos. Ele espera que todos os que se propõem a servir politicamente o país se pronunciem sobre as questões relativas à proteção da vida humana em todas as suas fases, à promoção da vida familiar e à educação dos filhos, ao trabalho e ao emprego, à saúde e segurança social para todos, à integração dos imigrantes e ao diálogo sociocultural inclusivo”.
No dia 23 de março os representantes da Iniciativa Legislativa de Cidadãos – ILC ‘Lei de Apoio à Maternidade e à Paternidade – do Direito a Nascer’ foram recebidos pelo presidente da república portuguesa.
“Propõem-se diversas alterações legislativas para maior proteção da maternidade e da paternidade, incluindo a revisão da regulamentação da lei do aborto”, informa a ILC.
As cerca de 50 mil assinaturas para o projeto-lei de ‘Apoio à Maternidade e à Paternidade – do Direito a Nascer’ foram entregues à presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, no dia 18 de fevereiro, para que seja apreciado e votado pelos deputados.