Dom Sebastian Shaw fala num momento “muito difícil”, no qual era quase impossível “consolar” as vítimas, cristãos ou muçulmanos
Da redação, com Agência Ecclesia
O arcebispo de Lahore, no Paquistão, Dom Sebastian Shaw, afirmou que o diálogo com os terroristas é praticamente impossível, e pediu mais atenção para as comunidades cristãs que são perseguidas.
Dom Sebastian Shaw, arcebispo de Lahore, no Paquistão / Foto: Agência Ecclesia
“Os grupos terroristas não acreditam em qualquer diálogo, eles dizem que sabem o que estão fazendo, que isso está certo”, alertou Dom Sebastian.
Para o bispo, o mundo tem de saber o que se passa com os cristãos em várias partes do mundo, como eles são perseguidos. O arcebispo da capital da província do Punjab, no leste do Paquistão, recorda o ataque suicida em março de 2016 matou 72 pessoas, entre elas 30 crianças, em Lahore.
Dom Sebastian Shaw fala num momento “muito difícil”, no qual era quase impossível “consolar” as vítimas, cristãos ou muçulmanos.
O bispo defende que a promoção do diálogo inter-religioso é uma “necessidade” do mundo atual, e a aposta passa pela educação nas novas gerações, para que todos aprendam a “viver e a trabalhar juntos”. “Que todas as pessoas possam viver em paz e harmonia no Paquistão”, deseja o arcebispo de Lahore.
Diante das ocorrências de violências, a comunidade cristã, acrescenta o bispo, é desafiada a não mostrar ódio nem desejo de retaliação.
Dom Sebastian afirma ainda que, a “pequena minoria” que vive na região, sofre ainda as consequências da Lei da Blasfêmia, que desde os anos 80 do século XX atinge em particular os que não são muçulmanos. O arcebispo paquistanês pede ao seu governo que “melhore” as leis e proteja a liberdade de culto.
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