O Dia Mundial da Paz, celebrado nesta terça-feira, 1, é segundo padre Bruno Costa, um convite para que todos sejam promotores da paz
Julia Beck
Da redação
Instituído em 1967, por São Paulo VI, o Dia Mundial da Paz é celebrado pela Igreja nesta terça-feira, 1. De acordo com o vice-diretor executivo da Fundação João Paulo II e administrador do Santuário do Pai das Misericórdias, padre Bruno Costa, a data é um convite para que todos sejam promotores da paz: “Precisamos propagar a paz no dia a dia, pedindo a graça da escuta, do respeito e muita sabedoria para tirarmos do nosso meio toda discórdia”.
Para o sacerdote, muito é se falado sobre a paz no mundo, mas é preciso começar valorizando as pequenas coisas, as que fazem diferença. “Promovemos a paz apenas com um ‘bom dia’, ou um gesto de caridade com o outro…”, comentou padre Bruno, que prosseguiu: “Na Canção Nova aprendemos que as diferenças não são barreiras, que entre nós podemos ter diferenças, mas algo nos une: somos filhos amados de Deus. Isso é maior que qualquer divisão”. Segundo o administrador do Santuário do Pai das Misericórdias é preciso lutar e querer o bem, pensar bem e falar bem do outro: “Vamos exercitar isso!”.
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A Igreja precisa assumir cada vez mais a bandeira da paz, afirmou padre Bruno. “Buscar cada vez mais os direitos humanos, lutar pela vida, pela cidadania de cada ser humana. Vivemos num mundo de muitas injustiças, poucos com tanto, e tantos sem nada. Divisões erradas e mesquinhas. Precisamos fazer a diferença”, exortou. De acordo com o sacerdote, é preciso fazer o bem não apenas em momentos celebrativos da Igreja, e sim constantemente.
“Vamos pedir ao Senhor da Paz, sabedoria e ação. Oração é isso, orar e agir sempre!”, apontou o padre, que citou seu novo livro “Frases que nos Levam a Deus”: “Acabei de lançar um livro com frases, nas frases faço uma meditação com a palavra de Deus. Umas das frases que trabalhei foi: Vida de oração, paz no coração! A oração é a grande responsável pela paz no coração. Um coração cheio de paz, será sempre promotor desta paz e contagiará muitos corações”.
Segundo padre Bruno, a passagem em que Jesus diz que não veio para ser servido, mas veio para servir, também completa o sentido do que seria a verdadeira paz. “Somos chamados ao serviço, somos chamados para o outro. Quando pensamos mais nas outras pessoas e menos em nós o conceito da paz se firma em nossos corações. Quando nos preocupamos com as outras pessoas, consequentemente alguém está se preocupando conosco”, comentou o sacerdote o desafio: “Ter um olhar para o outro”.
A política em função da paz
“Vim de uma família política e aprendi que a Política é o meio de promover o bem comum. Não existe melhor maneira de promovermos a paz. Uma boa e fiel política pública, com respeito e foco faz a diferença em nossa sociedade. Estamos carentes de políticos que tenham este ideal. Mas não podemos desanimar. Vamos acreditar e pedir muito pelos agentes políticos para que assumam de verdade esse grande meio transformador de paz, a política”, afirmou padre Bruno.
Fé e esperança
O sacerdote reforçou a necessidade dos cristãos sempre alimentarem sua fé e esperança. “Lutar sempre, desistir jamais. Essa frase tem me ajudado nos tempos presentes. Não podemos desanimar. Somos e precisamos ser agentes promotores da paz. Levar a paz na vida, no dia a dia. Fazendo a diferença e mostrando que nas pequenas coisas podemos trazer a paz a muitos corações. Não podemos olhar pra trás. Aquele que busca ser agente promotor da paz, precisa olhar pra frente sempre com olhar de esperança. Desejo um ano novo de graça e unção. Desejo um 2019 de muita alegria e fé. Vamos buscar viver a palavra de Deus, o que era velho passou, eis que faço nova todas as coisas. Vamos acreditar na paz verdadeira, ela começa em nosso coração!”, concluiu.