O dia é celebrado pela ONU nesta sexta-feira, 2, e o chefe da entidade reitera seu apelo por um cessar-fogo global
Da redação, com Vatican News
O Dia Internacional da Não-violência é celebrado em 2 de outubro, o aniversário de Mahatma Gandhi, líder do movimento de independência da Índia e pioneiro da filosofia e estratégia da não-violência.
A Assembleia Geral da ONU em 15 de junho de 2007 estabeleceu o Dia Internacional como uma ocasião “para disseminar a mensagem da não-violência, inclusive por meio da educação e conscientização pública”.
A não-violência de Gandhi
“Ao marcar o aniversário de Mahatma Gandhi, este Dia Internacional destaca o notável poder da não-violência e do protesto pacífico”, observa o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres. Ele diz: “É também um lembrete oportuno para nos esforçarmos para defender os valores pelos quais Gandhi viveu: a promoção da dignidade, proteção equânime a todos e todas as comunidades convivendo juntas e em paz”.
Cessar-fogo para lutar contra Covid-19
Em uma mensagem para o Dia Internacional da Não-violência deste ano, Guterres diz: “Temos um dever especial: parar a luta para nos concentrar em nosso inimigo comum: Covid-19. Há apenas um vencedor do conflito durante uma pandemia: o próprio vírus”, diz ele, acrescentando: “À medida que a pandemia se instalou, pedi por um cessar-fogo global”.
Guterres afirma ainda que comunidade internacional precisa fazer um novo impulso para tornar isso uma realidade até o final deste ano. “O cessar-fogo”, enfatiza, “aliviaria o imenso sofrimento, ajudaria a diminuir o risco de fome e criaria espaço para negociações para a paz”.
No entanto, ele observa que “uma profunda desconfiança está no caminho”. No entanto, enxerga “razões para esperança” observando “em alguns lugares, vemos uma paralisação na violência”. Ele espera que muitos Estados-Membros, líderes religiosos, redes da sociedade civil e outros apoiem o seu apelo.
Papa Francisco em cessar-fogo
O Papa Francisco apoiou o apelo do chefe da ONU por “um cessar-fogo total”. “Junto-me aos que acolheram este apelo e convido a todos a segui-lo, cessando todas as formas de hostilidade, promovendo a criação de rotas de ajuda humanitária, a abertura à diplomacia e a atenção aos que se encontram em situação de grande vulnerabilidade”, afirmou. durante a oração do Angelus de 29 de março.
O Santo Padre espera que a “luta conjunta da humanidade contra a pandemia leve todos a reconhecer a grande necessidade de fortalecer os laços fraternos como membros de uma única família humana”. Francisco também espera que a batalha contra o vírus “inspire um renovado compromisso para superar rivalidades entre os líderes das nações e as partes envolvidas”. “Os conflitos não podem ser resolvidos pela guerra!”, destacou, acrescentando: “O antagonismo e as diferenças devem ser superados por meio do diálogo e de uma busca construtiva pela paz”.