Dia Internacional Contra os Testes Nucleares é uma data instituída pela ONU e celebrada em 29 de agosto
Da redação, com Rádio Vaticano
É celebrado nesta terça-feira, 29, o Dia Internacional Contra os Testes Nucleares, data que chama a atenção para a necessidade de esforços a fim de acabar com o uso de armas e bombas nucleares. O Papa Francisco, desde o início de seu pontificado, já se pronunciou em diversas ocasiões favoravelmente à eliminação das armas nucleares.
“É preciso uma ética global se quisermos reduzir a ameaça nuclear e trabalhar por um desarmamento nuclear”, disse o Santo Padre em 2014, em uma mensagem enviada à Conferência de Viena, na Áustria, sobre o impacto humanitário das armas nucleares.
Evocando a encíclica Sollicitudo rei socialis, Francisco destaca que agora, mais do que nunca, é preciso uma ética da solidariedade. A encíclica escrita pelo Papa João Paulo II foi por ocasião dos 20 anos de outro documento, a encíclica Populorum progressio, de Paulo VI, que reflete sobre o desenvolvimento dos povos.
Ao lembrar que as consequências humanitárias das armas nucleares são previsíveis e planetárias, com potencialidade de destruir a civilização, Francisco adverte que em vez de existir uma concentração sobre a potencialidade das armas nucleares para os massacres em massa, deveria-se prestar mais atenção aos sofrimentos causados por seu uso.
Outro ponto importante de grande atualidade destacado por Francisco é o de que a dissuasão nuclear e a ameaça da destruição recíproca assegurada não podem ser a base de uma ética de fraternidade e de coexistência pacífica entre povos e Estados. “Agora é o tempo de contrastar a lógica do medo com a ética da responsabilidade, de forma a promover um clima de confiança e de diálogo sincero”, exorta o Pontífice.
Em março deste ano, Francisco enviou uma mensagem aos participantes da Conferência da ONU sobre armas nucleares. No texto, ele enfatizou o “não” às armas nucleares e reiterou a urgência do empenho por um mundo sem armas nucleares. “Devemos também perguntar-nos como é possível um equilíbrio baseado no medo, quando este tende efetivamente a aumentar o medo e a minar as relações de confiança entre os povos”, escreveu na referida mensagem.