Curso aos diplomatas africanos

D. Mamberti: Papa é o primeiro embaixador vaticano no mundo

"O Papa é o primeiro embaixador vaticano no mundo". Foi o que disse o secretário das Relações com os Estados, Dom Dominique Mamberti. A afirmação foi feita ontem, na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, durante a segunda edição do curso sobre a diplomacia da Santa Sé, desta vez dedicado aos diplomatas africanos. Segundo Dom Mamberti, a "vocação" da Santa Sé à diplomacia vem de tempos longínquos e hoje é mantida viva precisamente por aquele que pode ser considerado o primeiro verdadeiro "agente diplomático".

O curso deste ano está obtendo o sucesso da primeira edição, realizada no ano passado, da qual tomaram parte embaixadores do Mediterrâneo e do Oriente Médio.

"O sucesso da ação diplomática pontifícia é testemunhado pela atenção com a qual cada vez mais pessoas no mundo vêem o Papa como autor de paz, sobretudo quando eleva sua voz para recordar as exigências do bem comum, o respeito da pessoa humana e dos direitos civis", observou Dom Mamberti.

Ele acrescentou que nenhum outro mais do que o "homem africano, com as suas aspirações, os seus dramas, os seus lutos e as suas ressurreições", pode ser destinatário e, ao mesmo tempo, portador de uma paz que passe também através da diplomacia.

Eis então que nesta ocasião se renova "a atenção e a sincera afeição" da Igreja Católica pela África, "um continente que não está imóvel, mas que caminha e que possui sabedoria e recursos para enfrentar e resolver a sua difícil situação".

E se a África superar por meio da mediação internacional e da busca do consenso a grave crise na qual se encontra, disse Dom Mamberti, "será talvez também graças aos vinte e um conselheiros de embaixadas presentes no curso". Eles aprenderão nas próximas duas semanas (em Roma até o dia 19 e em Turim dos dias 20 a 25) os "aspectos salientes" da política exterior vaticana.

O interesse da Santa Sé pelo continente africano é muito grande, como recordou Dom Mamberti, e os dados testemunham que se desenvolve em vários níveis. Atualmente, 49 dos 53 países africanos mantêm relações diplomáticas bilaterais com a Santa Sé

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