Muitos desses cristãos foram obrigados a saírem de suas casas, oprimidos por terroristas, como os do grupo Estado Islâmico
Da redação, com Rádio Vaticano
Um grupo de cristãos iraquianos refugiados há alguns meses na Paróquia de Naour, na Jordânia, escreveram uma carta ao Papa Francisco que foi entregue nesta quinta-feira, 5, após a Missa na Casa Santa Marta.
O próprio Francisco recebeu a mensagem das mãos do padre Rifat Bader, Diretor do ‘Catholic Center for Studies and Media’ de Amã e pároco em Naour.
“Nestes meses – revela padre Rifat – recebi destas pessoas, perseguidas por serem cristãs, um grande testemunho: elas não têm mais nada, a sua única riqueza é a sua fé”. Segundo o padre, eles próprios testemunharam isso ao Papa, na carta: “A nossa fé hoje é muito mais forte do que antes. Não temos medo de nada, pois estamos convencidos de que Deus está conosco”.
Muitos desses cristãos foram obrigados a saírem de suas casas, oprimidos por terroristas, como os do grupo Estado Islâmico. A carta ainda relata em quem condições as pessoas foram expulsas.
“Nos colocaram diante da escolha de sermos cristãos ou sermos mortos e tivemos que fugir de nossas terras com o nosso Cristo, com a nossa fé, com os nossos princípios. Escolhemos ir para longe de nossas casas e do país que amamos, preferindo nos tornar estrangeiros em uma terra estrangeira, com toda a dor e o sofrimento inerentes a esta decisão, antes que tomar parte naquele mal e naquela violência desumana contra os inocentes”.
Até fevereiro, mais de 350 cristãos sequestrados no nordeste da Síria por milicianos do autoproclamado “Estado Islâmico”. Pelo menos três mil fugiram dos povoados atacados; muitos deles são sírio-católicos. Leia mais