O Papa Bento XVI renovou, nesta sexta-feira, 23, os seus apelos em favor da defesa do meio ambiente, declarando que todos os cristãos têm obrigação de dar um “testemunho verdadeiro” nesta defesa.
Na mensagem enviada ao Simpósio “Religião, Ciência e Ambiente”, promovido pelo Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I, o Papa diz que esta é uma causa que precisa da unidade das Igrejas e comunidades cristãs. "[As Igrejas] são chamadas a colaborar de todas as formas possíveis para assegurar que a nossa terra possa conservar intactamente aquilo que Deus lhe deu: grandeza, beleza e generosidade”, disse Bento XVI.
A mensagem do Santo Padre foi lida, na abertura do simpósio, pelo Arcebispo de Nova Orleans (EUA), Dom Gregory Michael. O encontro acontece em Nova Orleans e tem como tema “Restabelecer o equilíbrio: o grande Rio Mississipi".
Depois do Ártico, as atenções de líderes religiosos, políticos e cientistas se voltam agora para a região que foi atingida em 2005 pela passagem do furacão Katrina.
Para o Papa, a solução das crises ecológicas do nosso tempo passa por profundas mudanças “por parte dos nossos contemporâneos”.
O cuidado e a proteção ao meio ambiente, acrescenta Bento XVI, implicam a resolução de “problemas urgentes”, que se referem a “importantes questões políticas, económicas, técnicas e científicas”.
Citando a sua última Encíclica, Caritas in veritate, o Papa recordou que a natureza é “uma prioridade para todos”.
Bento XVI se referiu às destruições ocorridas a partir do furacão Katrina, assegurando que “os meus pensamentos e as minhas orações estão com todos os que experimentaram sofrimento, privação e mudança forçada, especialmente os pobres, e com todos que se empenharam no trabalho paciente de reconstrução e renovação”.
O Papa observou ainda que “os grandes sistemas fluviais de cada continente estão hoje expostos a sérias ameaças, muitas vezes como resultado de atividades e decisões do homem”.
Já o Patriarca de Constatinopla, declarou que a humanidade chegou ao ponto em que “se atingiram os limites absolutos para a nossa sobrevivência”.
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