Relatório da ONU alerta para número de crianças vulneráveis em países que vivem em guerra e conflitos internos
Da Redação, com ONU
O Conselho de Segurança da ONU apresentou, nesta terça-feira, 1º, um relatório sobre a situação de crianças vítimas de conflitos em 21 países. A representante especial do secretário-geral da instituição, Leila Zerrougui, destacou que, em 2013, cerca de 4 mil crianças foram obrigadas a servir em exércitos rebeldes.
O 12º relatório da Organização sobre o assunto, apontou que em 21 países as crianças são as mais vulneráveis nos conflitos armados, sendo as principais vítimas. O documento destaca ainda como situação mais grave, o conflito regional envolvendo o Exército de Resistência do Senhor (LRA), na República Democrática do Congo (RDC), na República Centro-Africano (RCA) e no Sudão do Sul.
“A ausência de linhas de frente claras, adversários identificáveis e o aumento do uso de táticas de terror têm deixado as crianças mais vulneráveis”, afirma Zerrougui.
O relatório também “expõe e envergonha” sobre a violência sexual, morte e mutilação de crianças em violação do Direito Internacional Humanitário, ataques recorrentes em escolas e hospitais. O relatório inclui também uma lista de grupos armados e forças armadas que matam, mutilam, recrutam e cometem violência sexual contra os menores.
“É crucial garantir que nenhuma criança seja integrada nas forças armadas regulares ou esquecida no processo de reintegração e que a medida para impedir o recrutamento de crianças seja colocada em prática”, disse Zerrougui.