Informação foi divulgada nesta terça-feira, 9, após reunião entre representantes dos dois países
Da redação, com ANSA
A Coreia do Norte enviará uma delegação para participar dos Jogos Olímpicos de Pyeongchang, na Coreia do Sul. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 9, após reunião entre representantes dos dois países.
Na delegação, que participará do evento que ocorre entre 9 e 25 de fevereiro, estarão presentes atletas, oficiais e torcedores dos vizinhos do Norte. De acordo com uma nota divulgada pelo governo sul-coreano, o grupo ainda incluirá membros do taekwondo e de apresentações artísticas.
Os representantes de Seul ainda propuseram que sejam retomados os reencontros entre familiares, separados pela Guerra da Coreia (1950-1953), e que a Cruz Vermelha supervisione o reencontro que seria realizado em fevereiro. No entanto, não houve decisão sobre essas resoluções.
Além da esfera esportiva, Seul pediu que o Norte faça uma reunião de alto nível entre militares com o objetivo de acalmar a tensão na península coreana. A reaproximação entre os dois governos ocorreu depois que o ditador Kim Jong-un, em seu pronunciamento de fim de ano, afirmou desejar o sucesso para o evento esportivo que será realizado no país vizinho, e que pensava em enviar uma delegação ao país.
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Após o pronunciamento, a Coreia do Sul convidou os representantes coreanos para uma reunião de alto nível sobre o tema e, após mais de dois anos, as conversas entre os dois lados foram retomadas. Também o Comitê Olímpico Internacional (COI) abriu uma exceção para o caso, ampliando o período de inscrições olímpicas.
O governo japonês foi o primeiro a se pronunciar sobre os resultados da reunião e disse acolher favoravelmente a decisão tomada no encontro. No entanto, o governo de Shinzo Abe pediu uma maior pressão sobre o regime de Pyongyang. Já o governo da Rússia concordou com a decisão tomada hoje e disse que esse é o único caminho para diminuir a tensão na região e no mundo.
“Acolhemos com favor os contatos diretos entre os representantes das duas Coreias. Acreditamos que seja possível obter uma redução das tensões só através desse diálogo, e isso é precisamente o diálogo que a liderança russa considerava necessário”, disse o porta-voz do presidente Vladimir Putin, Dmitri Peskov.