Histórico

Coreia do Norte autoriza celebrações por padres sul-coreanos

A Coreia do Norte autorizou a entrada de padres sul-coreanos no país para celebrar Missas nas principais solenidades do catolicismo

Da redação, com Agência Fides e ACI Ditital

A partir de 2016, a Igreja Católica sul-coreana poderá enviar sacerdotes à Coreia do Norte para celebrar Missas nas principais solenidades do calendário litúrgico da Igreja Católica. Este é um dos resultados obtidos depois da visita oficial de delegação da Igreja sul-coreana à Coreia do Norte.

“Se não houver imprevistos, a próxima Páscoa será a primeira solenidade litúrgica para qual poderão ser enviados ao norte sacerdotes da Arquidiocese de Seul para celebrar a missa”, declarou o Arcebispo Hyginus Kim Hee-joong, Presidente da Conferência episcopal coreana e membro da delegação, em coletiva de imprensa concedida na segunda-feira, 7.

Em 3 de dezembro passado, os 17 componentes da delegação sul-coreana – quatro Bispos e 13 sacerdotes – celebraram na Catedral Changchung, em Piongueangue, a liturgia eucarística, da qual participaram 70 leigos católicos norte-coreanos. Na Missa, os bispos e outros membros da delegação repetiram, emocionados, as palavras do Credo com os leigos norte-coreanos, em sinal de comunhão na confissão da mesma fé apostólica.

A delegação sul-coreana foi convidada pela Associação católica norte-coreana, organismo que depende do regime de Piongueangue. Durante a Missa, os bispos, leigos e sacerdotes cantaram juntos, receberam a Eucaristia e trocaram um sinal de paz.

No primeiro dia de sua visita, em 4 de dezembro, os membros da delegação sul-coreana visitaram a casa de repouso e o asilo infantil administrados em Piongueangue pela Associação católica norte-coreana. Durante a visita, o Vice-presidente da Suprema Assembleia do povo, Kim Yong Dae, convidou a delegação à Sala da Assembleia parlamentar Mansudae e, durante o encontro, agradeceu a Igreja sul-coreana pelo importante papel assumido em favor da paz e da reconciliação entre as duas Coreias.

Na coletiva, também foi confirmada uma futura visita de representantes da Associação católica norte-coreana à Coreia do Sul.

Diocese do Pyongyang

A diocese do Pyongyang foi estabelecida como uma prefeitura apostólica filiada ao então Vicariato Apostólico de Seul em março de 1927.

Em 1941 começou a guerra, os sacerdotes e as religiosas dos Padres Maryknoll foram expulsos. Ficaram então as irmãs de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro para atender os fiéis.

Em 1944, a diocese tinha 21 igrejas e cerca de 26 mil católicos. Em 1948, o regime comunista foi estabelecido na Coreia do Norte e os problemas aumentaram devido à apreensão das propriedades diocesanas.

Em 1949, todos os sacerdotes que permaneciam na Coreia, inclusive o Bispo Hong Yong-ho, foram presos ou desapareceram. Em 1953, ao teminar a Guerra na Coreia não ficou nenhum sacerdote.

Atualmente, 19 sacerdotes e sete religiosas da diocese de Pyongyang moram em Seul, onde participam da Missa pela paz e reconciliação da Coreia, celebrada uma vez por mês nesta capital.

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