Itamaraty também condenou lançamento de foguete coreano
Da redação, com Reuters
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas condenou veementemente neste domingo, 7, o mais recente lançamento de foguete da Coreia do Norte e prometeu tomar medidas punitivas, ao passo que Washington busca garantir que o órgão de 15 países imponha “sérias consequências” contra Pyongyang assim que possível.
“Os membros no Conselho de Segurança condenaram este lançamento”, disse a repórteres o embaixador venezuelano Dario Ramirez Carreno, presidente do conselho este mês. Ele disse que o lançamento era “uma séria violação às resoluções do Conselho de Segurança”.
O diplomata acrescentou que a entidade “reafirmou sua intenção de desenvolver medidas significativas em uma nova resolução do Conselho de Segurança em resposta ao teste nuclear” em janeiro, assim como ao lançamento do foguete neste domingo.
Junto a seus colegas japonês e sul-coreano, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power, disse a repórteres: “Nós vamos garantir que o Conselho de Segurança imponha sérias consequências. As mais recentes transgressões da Coreia do Norte exigem que nossa resposta seja ainda mais firme”.
A Coreia do Norte está sob sanções da ONU desde seu primeiro teste nuclear, em 2006. Desde então, o país conduziu mais três testes atômicos, incluindo um no mês passado, com numerosos lançamentos de mísseis balísticos.
As sanções restringem o trabalho do país em armas nucleares e mísseis balísticos, colocam diversos indivíduos e entidades em uma lista negra e barram a liderança norte-coreana de importar bens de luxo.
Os EUA e a China começaram a discutir uma resolução para expandir as existentes sanções após o teste atômico conduzido por Pyongyang em 6 de janeiro. Power disse esperar que o conselho tenha uma resolução para ser votada “assim que possível”.
Brasil
O Itamaraty apoiou a condenação emitida pela ONU. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores destacou que o Brasil “deplora” a decisão do governo norte-coreano de lançar um satélite com emprego de tecnologia de mísseis balísticos, em violação às resoluções do Conselho de Segurança.
“O governo brasileiro conclama a República Popular Democrática da Coreia a abster-se de atos que prejudiquem a via do diálogo e da negociação diplomática. Também insta Pyongyang a retomar as Conversações Hexapartites, reintegrar-se o mais cedo possível ao Tratado de Não Proliferação Nuclear como Estado não nuclearmente armado e a assinar e ratificar o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares”, destacou a nota.